O Ebru, também conhecido como “arte de pintura em mármore”, é uma das expressões culturais mais fascinantes da Turquia. Esta técnica artística, que data do período otomano, consiste em criar padrões vibrantes e coloridos na superfície da água, que são então transferidos para o papel. Cada peça é única, pois os movimentos das cores na água nunca se repetem, tornando o Ebru uma forma de arte profundamente pessoal e imprevisível (Fonte: Instituto Yunus Emre).
A prática do Ebru envolve o uso de pigmentos naturais que flutuam em uma solução espessa de água, misturada com uma substância chamada “kitre”, extraída de uma planta local. Utilizando pincéis feitos de pelo de cavalo e varas de rosa, o artista aplica as cores na água, manipulando-as para criar formas fluidas e padrões intricados. Uma vez satisfeito com o desenho, o papel é delicadamente colocado sobre a superfície para absorver a tinta, capturando o design em uma folha única (Fonte: Turkish Cultural Foundation).
Essa arte ganhou notoriedade não apenas na Turquia, mas em todo o mundo, sendo reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2014. Hoje, o Ebru continua a ser uma parte vital da herança cultural turca, com mestres transmitindo suas habilidades para novas gerações e workshops sendo oferecidos globalmente para aqueles interessados em aprender essa técnica única (Fonte: UNESCO).
O Ebru não é apenas uma forma de arte, mas também um símbolo da filosofia e espiritualidade turca. A fluidez das cores e a impossibilidade de repetir um padrão exato refletem a crença na impermanência e na constante mudança do universo. Como resultado, o Ebru continua a inspirar e a encantar, sendo uma ponte viva entre o passado artístico da Turquia e o presente moderno.
(Fonte: TRT World).
Redação QCE NEWS