O regime chinês está em uma campanha acelerada para desacreditar a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), especialmente à medida que a aliança de defesa volta sua atenção para a Ásia-Pacífico e enfrenta a ameaça do Exército de Libertação Popular (ELP), as forças armadas do Partido Comunista Chinês (PCCh). Em resposta à recente cúpula da OTAN, o site oficial de notícias em inglês do ELP, China Military Online, escreveu: “Embora a cúpula da OTAN realizada em 9 de julho em Washington, D.C. é considerada ‘a cúpula mais ambiciosa desde o fim da Guerra Fria’ pelo secretário de Estado dos EUA, Blinken, a organização de 75 anos está em sérios apuros, tanto interna como externamente”.
O Partido Comunista Chinês está utilizando campanhas de desinformação para alterar a opinião pública a favor dos BRICS, liderados pela China, e contra a OTAN. Essa estratégia visa desafiar o domínio ocidental e promover uma nova ordem internacional. O BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, receberá novos membros a partir de 2024: Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos (EAU). A propaganda pró-BRICS promovida por influenciadores do PCCh e mídias estatais, incluindo o Exército de 50 centavos e contas de bots, pinta o bloco como mais rico, influente e poderoso do que o Grupo dos Sete (G7) e a OTAN, apresentando o BRICS como um símbolo de um mundo multipolar.
No entanto, apesar da propaganda, o BRICS permanece sem um acordo de comércio livre ou uma moeda comum, devido à disparidade econômica entre seus membros e à relutância em abandonar moedas nacionais. A única instituição existente é o Novo Banco de Desenvolvimento, liderado pela China e majoritariamente denominado em dólares. Paralelamente, a mídia estatal chinesa utiliza eventos como a retirada dos EUA do Afeganistão para minar a confiança na OTAN, sugerindo que os EUA são um parceiro de defesa não confiável. Narrativas semelhantes visam enfraquecer as relações EUA-Filipinas em meio a crescentes tensões entre a China e as Filipinas.
A desinformação chinesa tenta moldar a opinião pública a favor dos BRICS e contra a OTAN, particularmente em regiões estratégicas da África, América Latina e Ásia. A China, um dos maiores fornecedores de armas para a África e com incursões na América Latina, usa sua diplomacia militar para dissuadir países de apoiarem a OTAN. A campanha de desinformação faz parte de uma rivalidade geopolítica mais ampla, onde o PCCh busca desafiar o domínio ocidental e promover seu modelo de governo. Utilizando táticas modernas de guerra de informação, o PCCh pretende minar a confiança nas instituições ocidentais e alterar o equilíbrio global de poder a seu favor.
Fonte: epochtimes
Editada por QCE NEWS