Embora promovida como uma solução sustentável, a agricultura de baixo carbono no Paraná ainda enfrenta desafios para proporcionar os benefícios prometidos. Essa prática, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa, inclui técnicas como plantio direto, rotação de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta.
Agricultores que adotaram essas técnicas esperavam melhorias significativas na produtividade e na sustentabilidade, mas muitos ainda não viram os resultados. Além disso, a burocracia e a falta de incentivos financeiros adequados têm sido obstáculos para a implementação mais ampla dessas práticas.
Pesquisadores e especialistas apontam que, para que a agricultura de baixo carbono seja eficaz, é necessário um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento, além de políticas públicas que ofereçam suporte técnico e financeiro aos agricultores. Segundo eles, a transição para uma agricultura mais sustentável requer tempo e adaptação, e os benefícios podem demorar a se concretizar.
Ainda assim, há casos de sucesso. Algumas propriedades que conseguiram implementar as técnicas de maneira adequada relatam melhorias na qualidade do solo, na retenção de água e na biodiversidade. Essas experiências positivas demonstram que a agricultura de baixo carbono tem potencial, mas ressaltam a necessidade de um suporte contínuo para que os benefícios sejam amplamente percebidos.
O Paraná, com sua vasta área agrícola e importância no setor agropecuário, está em uma posição estratégica para liderar essa transformação. No entanto, é fundamental que as barreiras atuais sejam superadas para que a agricultura de baixo carbono possa realmente contribuir para a sustentabilidade ambiental e econômica do estado.
Fonte: gazetadopovo