Populações ao redor do mundo estão sendo alvo de ataques cognitivos que combinam psicologia e novas tecnologias, afirmou David Vigneault, ex-diretor do Serviço de Inteligência de Segurança Canadense (CSIS). Ele apontou a China e a Rússia como os principais responsáveis por essa prática.
Em depoimento à Comissão de Interferência Estrangeira, no dia 27 de setembro, Vigneault explicou que a chamada “guerra cognitiva” é uma evolução da tradicional guerra psicológica. Esta nova abordagem usa operações de informação e avanços em tecnologias de computação e neurociência para influenciar o pensamento e o comportamento das pessoas.
Uma avaliação de inteligência do CSIS de setembro de 2023, apresentada como prova na comissão, descreveu essa estratégia como uma aplicação insidiosa da tecnologia e da mídia para manipular a psicologia humana. “O objetivo é alterar a forma como uma população inteira reflete e pensa sobre determinados problemas”, destacou Vigneault.
Como exemplo, Vigneault citou o uso da guerra cognitiva pela China contra Taiwan. A República Popular da China (RPC) vem utilizando essa tática para disseminar mensagens que favorecem seus interesses, buscando moldar a percepção da população de Taiwan e tornar a reunificação com a China continental vista como inevitável.
Outro exemplo relevante é o uso dessa estratégia pela Rússia durante a guerra na Ucrânia. Vigneault apontou que a Rússia ajusta o conteúdo para diferentes regiões, manipulando a opinião pública global e local para obter apoio.
A guerra cognitiva, segundo a OTAN, representa uma forma de “manipulação de toda a sociedade” e está se tornando uma nova norma nos conflitos modernos, com a cognição humana se transformando em um campo crucial da guerra.
fonte:epochtimesbrasil