Durante a habitual coletiva de imprensa na Casa Rosada (sede do governo argentino), Adorni ressaltou que “é uma possibilidade que pode ser considerada com calma, embora ainda não tenha sido confirmada ou descartada.” Ele acrescentou que “seria interessante que isso acontecesse.”
A Argentina, alinhada com parte da comunidade internacional, avaliou que o resultado das eleições, divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu a vitória ao atual presidente Nicolás Maduro, foi uma fraude.
Entretanto, após a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, declarar Edmundo González Urrutia como o “vencedor legítimo e presidente eleito” em uma postagem nas redes sociais, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado afirmando que o governo “acompanha os acontecimentos na Venezuela com extrema atenção e preocupação, aguardando uma declaração definitiva.”
“Não estamos em posição de proclamar qualquer vencedor no momento, pois estamos aguardando todos os elementos necessários para fazer uma declaração informada. Não podemos simplesmente emitir um veredito precipitado”, afirmou Adorni na coletiva de hoje, pedindo “muita cautela.”
Ele também mencionou a situação de seis opositores ao governo de Maduro que estão na embaixada argentina desde março e, após a expulsão dos diplomatas argentinos pela Venezuela, estão sob a custódia do Brasil.
O regime venezuelano anunciou ontem um acordo com o Brasil para a “custódia das instalações diplomáticas” da Argentina e do Peru, incluindo “seus bens e arquivos, bem como a representação de seus interesses nacionais e nacionais no território venezuelano,” que será gerido pela embaixada brasileira em Caracas.
Caracas destacou que essa gestão está em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 e a Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963.
O regime de Maduro não explicou os motivos para a transferência dessas responsabilidades ao Brasil e fez o anúncio uma semana após exigir a retirada “imediata” dos representantes de Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, República Dominicana e Uruguai da Venezuela, em resposta às suas declarações “interferentes” sobre as eleições presidenciais de 28 de julho.
fonte: epochtimesbrasil