Os presidentes da Argentina, Javier Milei, e da Venezuela, Nicolás Maduro, estão em um embate de acusações mútuas.
O Departamento de Justiça argentino solicitou a prisão internacional do presidente venezuelano por supostas violações dos direitos humanos, conforme noticiado pela agência Reuters.
“A Justiça Federal da Argentina determinou nesta segunda-feira a prisão de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello [ministro do Interior] e outros líderes do regime chavista, acusados de crimes contra a humanidade na Venezuela”, informou o Fórum Argentino para a Defesa da Democracia, uma organização não governamental que apresentou a denúncia contra Maduro.
Em resposta, a chancelaria venezuelana repudiou a decisão judicial da Argentina, alegando que faz parte de uma estratégia internacional de “Lawfare” (uso de leis e processos legais para intimidar ou perseguir indivíduos), “planejada para minar a soberania dos países e deslegitimar processos democráticos constitucionais e populares”. Além disso, afirmaram que tal medida carece de base jurídica e viola a soberania dos Estados, bem como as imunidades e privilégios que assistem presidentes e altos funcionários, segundo a agência Telesur.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que solicitará a inclusão do nome de Javier Milei e dois de seus colaboradores no alerta vermelho da Interpol por violação de convenções. Segundo o procurador, essa ação está fundamentada na legislação venezuelana e internacional. “Estamos pedindo um alerta vermelho da Interpol contra Javier Milei, presidente da Argentina”, declarou Saab. A decisão de acatar ou não o pedido ficará a cargo da Interpol.
A Venezuela acusa Milei de “roubo de avião, desmantelamento de aeronave e danos ao patrimônio nacional”. Em 2022, uma aeronave estatal da Venezuela, que transportava peças automotivas, foi retida por autoridades argentinas em Córdoba.
fonte:agenciabrasil