O procurador-geral do Arkansas, Tim Griffin, entrou com uma ação judicial contra o YouTube, acusando a plataforma de adotar “práticas comerciais enganosas e antiéticas” que visam estimular o vício entre os usuários, especialmente os jovens. Segundo Griffin, a empresa enganou pais e usuários sobre a segurança de seu conteúdo voltado para o público infantojuvenil, lucrando com um design que visa manter os jovens conectados o máximo possível.
Griffin ajuizou o processo no Tribunal de Circuito do Condado de Phillips contra a Alphabet, empresa controladora do YouTube, e o Google, alegando que a plataforma foi projetada deliberadamente para viciar crianças, contribuindo para o agravamento da crise de saúde mental no estado. Segundo ele, adolescentes de 13 a 17 anos usam o YouTube diariamente, o que estaria relacionado ao aumento de transtornos mentais e comportamentais, como depressão, automutilação e pensamentos suicidas.
“O YouTube amplifica conteúdos prejudiciais e alimenta os jovens com doses de dopamina, prolongando o tempo de uso e aumentando sua receita publicitária”, afirma o processo. A ação alega que a plataforma explora a vulnerabilidade do cérebro em desenvolvimento dos jovens, o que os torna especialmente suscetíveis ao vício nas redes sociais.
Griffin busca responsabilizar o YouTube sob a Lei de Práticas Comerciais Fraudulentas do Arkansas e a Lei de Incomodidade Pública, alegando que a empresa se beneficiou financeiramente ao enganar o público sobre a segurança de sua plataforma. O YouTube, em resposta, negou as acusações, afirmando que seu foco sempre foi garantir uma experiência segura para os jovens, trabalhando em colaboração com especialistas em saúde mental e desenvolvimento infantil.
O processo também destaca o impacto do vício em redes sociais sobre a juventude do Arkansas, que tem enfrentado taxas crescentes de suicídio, especialmente entre adolescentes, ultrapassando a média nacional.
fonte:epochtimesbrasil