Durante uma reunião recente em Moscou, Anton Kobyakov, assessor especial do presidente Vladimir Putin, elogiou o Brasil como “um dos mais importantes parceiros estratégicos” da Rússia na América Latina.
O encontro contou com a presença do embaixador brasileiro Rodrigo Baena Soares e visou preparar a próxima cúpula dos BRICS, prevista para ocorrer em Kazan entre 22 e 24 de outubro.
Kobyakov destacou que Brasil e Rússia compartilham uma visão para a construção de uma ordem mundial multipolar, baseada no respeito à lei internacional e com um papel central para a ONU. Suas declarações devem ser entendidas como críticas à hegemonia global dos Estados Unidos.
A cúpula dos BRICS em Kazan será crucial para consolidar as relações entre os países membros. O presidente Lula está previsto para participar do encontro, o que pode gerar uma percepção de proximidade com Putin, desafiando a visão ocidental de isolamento do líder russo devido à guerra na Ucrânia e às sanções do Ocidente.
A posição brasileira sobre o conflito Rússia-Ucrânia, incluindo a defesa de um plano de paz, tem sido alvo de críticas das nações ocidentais, que consideram a postura brasileira leniente em relação a Putin. O governo brasileiro argumenta que mantém uma política externa independente e busca a paz por meio do diálogo.
Historicamente, as relações diplomáticas entre Brasil e Rússia têm se estreitado, especialmente no contexto do bloco BRICS. Alinhar-se a uma visão multipolar pode ter implicações significativas nas relações internacionais do Brasil.
As interações de Lula com Putin na cúpula podem influenciar a percepção global sobre a postura do Brasil e fortalecer os laços com outros membros do BRICS, como China, Índia e África do Sul. A cúpula dos BRICS em Kazan é aguardada com grande expectativa devido ao seu potencial em redefinir alianças e destacar a posição dos países emergentes na arena internacional.
Fonte: oantagonista