O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na última quinta-feira à noite que a eliminação do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã nesta semana, não foi útil para um cessar-fogo em Gaza.
Biden fez os comentários aos repórteres na Base Conjunta Andrews, Maryland, onde se encontrou com os detidos que foram libertados pela Rússia como parte de um acordo de troca de prisioneiros.
Referindo-se à sua conversa com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no início da noite, o presidente disse que teve “uma conversa direta” com Netanyahu e que o havia instado a chegar rapidamente a um acordo para a libertação dos reféns e um cessar-fogo em Gaza.
Biden acrescentou que está “muito preocupado” com as tensões no Oriente Médio.
A Casa Branca havia divulgado anteriormente uma declaração resumindo a ligação entre Biden e Netanyahu, na qual dizia: “O presidente reafirmou seu compromisso com a segurança de Israel contra todas as ameaças do Irã, incluindo seus grupos terroristas Hamas, Hezbollah e os Houthis”.
“O Presidente discutiu esforços para apoiar a defesa de Israel contra ameaças, incluindo mísseis balísticos e drones, para incluir novas implantações militares defensivas dos EUA. Junto com esse compromisso com a defesa de Israel, o Presidente enfatizou a importância de esforços contínuos para diminuir tensões mais amplas na região”, acrescentou a declaração, que observou que “a vice-presidente Harris também se juntou à chamada”.
A conversa seguiu a eliminação do comandante sênior do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, pela qual Israel assumiu a responsabilidade, e a eliminação de Haniyeh em Teerã, pela qual o Hamas e o Irã culparam Israel. Autoridades israelenses não comentaram sobre a eliminação de Haniyeh.
O New York Times informou na quarta-feira que o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ordenou que seu país lançasse um ataque direto a Israel como retaliação pela eliminação de Haniyeh.
Enquanto isso, na quinta-feira, autoridades americanas disseram à CNN que os EUA esperam que um ataque iraniano em retaliação à eliminação do chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, possa ser semelhante à enxurrada de mísseis balísticos e drones lançados contra Israel em 13 de abril.
As autoridades disseram que desta vez o ataque pode ser maior e mais complicado do que antes, incluindo a possibilidade de um ataque coordenado com agentes iranianos de várias direções.
O relatório também disse que os EUA estimam que desta vez há uma preocupação maior de que bases militares americanas na área estejam entre os alvos do ataque.