Na sexta-feira (27), Brasil e China lideraram uma reunião na sede das Nações Unidas, em Nova York, envolvendo 17 países do chamado sul global, com o objetivo de discutir alternativas de importação para a guerra na Ucrânia.
Os ministros das Relações Exteriores do Brasil e da China, Mauro Vieira e Wang Yi, participaram do evento, assim como Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A China tem se esforçado para unir os países em desenvolvimento ao plano de paz de seis pontos, apresentado em conjunto com o Brasil em maio. Este plano é criticado por apresentar uma narrativa distorcida do conflito, referindo-se a ele como uma “crise”, e propondo “nenhuma escalada ou provocação de ambas as partes”, além de sugerir uma conferência internacional para um “debate justo”.
Além disso, o plano solicita a “prevenção de uma crise nuclear”, “oposição a ataques às usinas nucleares”, a promoção de uma troca de prisioneiros de guerra e o aumento da assistência humanitária.
Esses princípios foram aceitos pelo grupo chamado “Amigos da Paz”, que, segundo seus criadores, é uma plataforma aberta a novos membros e não tem como objetivo “competição ou confronto”, mas sim “diálogo inclusivo”.
Os países que atualmente aderiram ao plano China-Brasil incluem Argélia, Bolívia, Colômbia, Egito, Etiópia, Indonésia, Cazaquistão, Quênia, México, África do Sul, Tailândia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Vietnã e Zâmbia.
França, Suíça e Hungria participaram da reunião como observadores.
“O encontro pode ser útil para encontrar um caminho a seguir e aprofundar os princípios de resolução impor de disputas que foram pouco exploradas durante este conflito”, afirmaram Brasil e China em um comunicado divulgado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o plano durante seu discurso na Assembleia Geral de terça-feira, alegando que a única forma da Ucrânia “sobreviver” ao conflito com a Rússia é por meio de um acordo de paz.
Anteriormente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a postura do Brasil em apoiar diálogos entre as partes envolvidas.
“Quando a parceria sino-brasileira tenta se apresentar como uma alternativa, questiona-se qual é o verdadeiro interesse. É essencial que todos entendam que não aumentarão seu poder às custas da Ucrânia”, afirmou Zelensky.
fonte:epochtimesbrasil