Embora o país não tenha sido tão amplamente afetado, especialistas levantam questões sobre a vulnerabilidade da malha aérea nacional a esse tipo de incidente.
Os sistemas computacionais desempenham um papel crucial no funcionamento regular dos aeroportos e no controle de tráfego aéreo. Segundo especialistas ouvidos pelo Metrópoles, as tecnologias e interfaces utilizadas pelo Brasil são tão seguras quanto as de qualquer outro país, mas também estão suscetíveis a panes e apagões.
Jorge Eduardo Leal Medeiros, engenheiro aeronáutico e professor de transporte aéreo e aeroportos da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que, por mais seguros e isolados que esses sistemas sejam, não há imunidade completa contra falhas técnicas.
Quando se trata de aviação, é essencial fazer distinções entre diferentes tipos de sistemas. James Waterhouse, professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP, explica que a malha aérea opera com uma combinação de interfaces diversas.
O apagão cibernético recente afetou principalmente a interface comercial das empresas aéreas, responsável pelo armazenamento de dados como informações de passageiros, bagagens e alocação de assentos. A falta dessas informações eletrônicas torna o processo de embarque nos aeroportos semelhante ao método manual, resultando inevitavelmente em atrasos.
O Brasil, assim como outros países, enfrenta o desafio constante de garantir a segurança e a eficiência de seus sistemas aéreos diante das ameaças cibernéticas crescentes. A discussão sobre a preparação e a resiliência dos sistemas nacionais se intensifica em face de eventos como o apagão recente, destacando a necessidade contínua de investimentos em tecnologia e segurança cibernética para proteger a infraestrutura crítica do país.
fonte:epochtimes