A candidata do Partido da Mulher Brasileira (PMB) em Curitiba, Cristina Graeml, não incluiu qualquer proposta voltada para mulheres em seu programa de governo, uma das principais surpresas do segundo turno nas capitais.
O documento, que possui 65 páginas e foi apresentado à Justiça Eleitoral no início da campanha, não menciona termos como “mulher”, “mulheres”, “feminino” ou “feminina”, palavras que indicariam uma preocupação com as questões de gênero. As mulheres curitibanas, por exemplo, não são mencionadas nos capítulos que tratam de saúde e segurança. No segmento dedicado à assistência social, também “erroneamente vinculada” à “esquerda”, segundo Graeml, elas são deixadas de lado.
“Em Curitiba, o poder público não será um impedimento, mas sim um facilitador para o êxito de cada cidadão. Este compromisso é fundamentado em uma gestão transparente, eficaz e, acima de tudo, ética. Não realizaremos acordos políticos, não utilizaremos recursos públicos em nossa campanha e, sobretudo, não colaboraremos com esquemas de corrupção. Nossa equipe será composta por profissionais qualificados, escolhidos com base no mérito e competência, e não por conchavos políticos”, afirma a candidata em seu programa.
Apoio de Pablo Marçal
Na disputa pela prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml tem o apoio do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que foi derrotado no primeiro turno na cidade de São Paulo e é conhecido por suas declarações controversas sobre o público feminino.
Em um dos últimos debates, Marçal, por exemplo, afirmou que “mulheres inteligentes não votam em mulheres” ao responder à candidata do PSB à prefeitura da capital paulista, Tabata Amaral.
Cristina Graeml, que é jornalista, está competindo no segundo turno em Curitiba contra Eduardo Pimentel (PSD), que conta com o apoio do atual prefeito, Rafael Greca, do governador Ratinho Júnior (PSD) e do PL de Jair Bolsonaro.
fonte:metrópoles