Na Assembleia Geral da ONU, no dia 28 de setembro, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, expressou sua indignação ao afirmar que “a força não pode substituir a justiça”, referindo-se aos recentes bombardeios israelenses no Líbano e aos devastadores impactos da guerra na Faixa de Gaza. Durante seu discurso, o diplomata ressaltou que “a questão palestina é a maior ferida da consciência humana”, destacando a continuidade do conflito em Gaza, que resulta em mortes diárias, e o reinício das hostilidades no Líbano.
Wang Yi defendeu a necessidade de “avanços” na “reconciliação intra-palestina” e manifestou sua disposição em colaborar com países que compartilhem visões semelhantes para solucionar essa crise e promover “paz e estabilidade duradouras no Oriente Médio”.
O ministro também abordou a situação da Ucrânia, afirmando que a China, o Brasil e outras nações do sul global se uniram como “amigos pela paz” na ONU. A proposta apresentada incluía seis recomendações, como a “desescalada da situação”, a convocação de uma conferência internacional de paz que seria reconhecida por ambos os lados, a não utilização de armas de destruição em massa e a rejeição à divisão do mundo em blocos políticos ou econômicos isolados.
No entanto, a Ucrânia não apoia a proposta, alegando que ela favorece os interesses russos no conflito. Entre as críticas, destaca-se a sugestão de uma resolução conjunta entre Rússia e Ucrânia, o que colocaria o país invadido em uma posição vulnerável nas discussões. O documento também não exige a retirada das tropas russas das áreas ocupadas.
Os Estados Unidos acusaram a China de fornecer apoio significativo à Rússia na guerra, e a OTAN classificou a China como um “facilitador decisivo” no esforço bélico russo durante sua cúpula em Washington, em julho.
Adicionalmente, Wang Yi se referiu ao conflito com Taiwan, afirmando que a ilha é uma “parte inalienável do território chinês” e garantiu que “eventualmente retornará ao abraço da pátria mãe”. O Partido Comunista Chinês considera Taiwan sob seu domínio, embora nunca tenha exercido controle efetivo sobre a ilha, e suas reivindicações são rejeitadas por nações ocidentais.
Por fim, Wang fez um apelo por um maior reconhecimento e influência do sul global no sistema multilateral.
fonte:epochtimesbrasil