Mais de 408 mil médicos participaram, nesta terça e quarta-feira, da eleição para os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) das 27 unidades da federação. Os membros eleitos terão mandato de 1º de outubro de 2024 a 30 de setembro de 2029. Um ponto de destaque na eleição é a tentativa de grupos bolsonaristas de aumentar sua representação no órgão que representa os médicos. A entidade tem tomado decisões controversas sobre procedimentos médicos relacionados a questões ideológicas.
Recentemente, o órgão proibiu médicos de realizar assistolia fetal após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de aborto permitido pela legislação. O Conselho Federal de Medicina (CFM), responsável pela organização das eleições, informou que havia 598.600 médicos ativos, dos quais 543.400 estavam aptos a votar. O voto digital é obrigatório para médicos com mais de 70 anos.
Embora o prazo para votação se estendesse até esta quarta-feira, 55% dos eleitores aptos já haviam votado na terça-feira. No total, 75% dos eleitores compareceram às urnas. Concorreram à eleição 73 chapas, com 146 candidatos.
“O trabalho realizado foi notável em termos de promover uma eleição moderna, transparente e segura em todo o país. Para mim, foi uma honra presidir a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) diante de um pleito complexo e extenso. Estamos confiantes de que os médicos votaram com discernimento e guiados pela ética profissional,” afirmou Aldemir Humberto Soares, presidente da CNE.
No Distrito Federal, a chapa Reunir e Trabalhar venceu com 50,4% dos votos válidos. Composta pelos médicos Rosylane Nascimento das Mercês Rocha e Sérgio Tamura, a chapa recebeu 12.102 votos, com 617 votos em branco e 820 nulos.
Em São Paulo, a eleição teve o maior número de votos, com 126.308 eleitores. A chapa “Força Médica”, liderada pelos médicos Francisco Eduardo Cardoso Alves e Krikor Boyaciyan, venceu com 31,37% dos votos válidos. A segunda colocada, “Consciência CFM”, obteve 28,2% dos votos. Outras duas chapas também concorreram no estado.
No Rio de Janeiro, a chapa “Campeã de Entregas aos Médicos” venceu com 33,04% dos votos válidos. Formada pelos médicos Raphael Câmara Medeiros Parente e João Hélio Leonardo de Souza, a chapa foi a vencedora. Em Minas Gerais, a chapa “Pelo Ato Médico – Fale 33” obteve 69,76% dos votos válidos, garantindo os cargos para os médicos Alexandre de Menezes Rodrigues e Cibele Alves de Carvalho.
fonte:epochtimesbrasil