Desde 2014, o Brasil viu um aumento de 21,1% no número de lixões, mesmo com a meta da Política Nacional de Resíduos Sólidos de eliminá-los até agosto de 2024. Levantamentos no Sistema Nacional de Informações de Saneamento do Ministério das Cidades revelam que, na última década, os lixões mapeados passaram de 1.297 para 1.572, com maior crescimento entre 2019 e 2022.
A maior concentração desses lixões está na região Nordeste, com 883 estruturas, seguida pelas regiões Norte (299), Centro-Oeste (231), Sudeste (134) e Sul (25). Estimativas da Abrema (Associação Brasileira de Resíduo e Meio Ambiente) apontam que o número de lixões pode ser o dobro, com pelo menos 3 mil estruturas irregulares em funcionamento.
O Ministério do Meio Ambiente, junto com outras entidades, está desenvolvendo um pacto para acabar com os lixões de forma humanizada, com apoio de diversas associações. No entanto, a Associação Brasileira de Municípios (ABM) alerta que, sem articulação entre os governos federal, estadual e municipal, será difícil cumprir essa meta, considerando a falta de recursos e infraestrutura dos municípios.
Fonte: R7