Em um vídeo recente, parlamentares expressaram indignação com um projeto que estava prestes a ser aprovado na Câmara dos Deputados, permitindo o confisco de depósitos esquecidos em contas bancárias para cobrir déficits nas contas públicas. A proposta gerou intenso debate e resistência por parte da oposição, destacando-se o papel das deputadas Bia Kicis e Adriana Ventura, que trabalharam até tarde da noite para impedir a aprovação da medida.
Segundo os parlamentares, o projeto previa que, caso aprovado, os cidadãos teriam apenas 30 dias para retirar seus depósitos esquecidos, após os quais os valores seriam transferidos para o Tesouro Nacional. Essa medida afetaria diretamente os recursos esquecidos em contas, que incluem fundos de seguros não reclamados, depósitos de contas inativas e até valores de pessoas falecidas. A oposição considera a proposta uma forma de “expropriação” e “comunismo”, acusando o governo de buscar formas ilegítimas de obter recursos para cobrir seus déficits.
Os deputados criticaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por se alinharem com o que chamaram de “projetos comunistas” no Brasil. Além disso, mencionaram que, durante o governo Bolsonaro, o Banco Central havia facilitado o processo para que cidadãos recuperassem seus depósitos esquecidos, contrastando com a nova proposta que visa transferir esses fundos para o governo.
A resistência ao projeto conseguiu adiar sua aprovação, mas os parlamentares alertaram que a sessão continuaria na manhã seguinte, onde a proposta seria novamente debatida. O líder do PT, Zeca Marães, afirmou que o Banco Central teria concordado com a medida; no entanto, essa declaração foi contestada pelos opositores, que pedem que a medida seja reavaliada para evitar prejuízos aos cidadãos brasileiros.