O desfile cívico-militar de 7 de Setembro, que celebra o Dia da Independência do Brasil, ocorre na manhã deste sábado na área central de Brasília, com o dobro do efetivo de segurança do evento de 2023. Neste ano, serão 4.882 profissionais — das Forças Armadas e das equipes de segurança pública do Distrito Federal. Em 2023, cerca de 2.500 indivíduos trabalharam na segurança das comemorações, entre policiais militares e civis do DF, além da Força Nacional e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
É o 10º desfile do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram oito participações entre 2003 e 2010, além da presença na cerimônia do ano passado, que ocorreu oito meses depois dos episódios extremistas do 8 de Janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
Orçamento e estrutura
A solenidade deste ano custou R$ 4,3 milhões, cerca de R$ 1 milhão a mais do que o preço pago pelo governo em 2023. A diferença de valores, segundo a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), se deu por dois fatores. “A correção do montante pela inflação registrada no período dos últimos 12 meses bem como a ampliação do espaço destinado ao desfile, o que demanda mais recursos para viabilizar a realização do evento”, destacou a Secom, em nota enviada ao R7.
Os investimentos foram destinados à organização e montagem da estrutura na Esplanada dos Ministérios. Os 4,3 milhões foram “resultado do processo de pregão eletrônico realizado em julho, pela Secom, com base em regras e critérios de melhor preço para a contratação do serviço”, explicou a secretaria.
A estrutura para receber o público foi ampliada neste ano, e o percurso percorrido pelo desfile também foi estendido. Agora, a parada vai até o Teatro Nacional. Próximo ao Buraco do Tatu, a organização montou tendas para quem quiser assistir à cerimônia.
“Nas áreas ampliadas, serão montadas 55 tendas para recepção do público. Nestes espaços também serão montados cinco painéis de led e seis torres de som. A área dedicada à Imprensa também será maior. Ano passado eram 50 metros, agora serão 300 metros, comportando por volta de 250 profissionais. Além disso, o número de tribunas foi ampliado para receber convidados do governo federal e do DF”, completou a Secom.
Rio Grande do Sul, Zé Gotinha, G20 e Olimpíadas
O tema da comemoração deste ano é Democracia e Independência: É o Brasil no rumo certo. O desfile está previsto para começar às 8h45 e será dividido em três eixos — a presidência brasileira do G20, que reúne as maiores economias mundiais; a reconstrução do Rio Grande do Sul, assolado por enchentes e fortes chuvas a partir do fim de abril; e a importância da vacinação e de outros serviços de saúde, como o programa Mais Médicos.
O personagem Zé Gotinha, símbolo nacional da vacinação infantil, vai desfilar no terceiro eixo. Em alusão aos Jogos Olímpicos de Paris-2024, 31 atletas brasileiros que foram à França vão passar pela Esplanada dos Ministérios. Os esportistas são dos programas Atletas de Alto Rendimento e Bolsa Atleta.
Também vão se apresentar na parada 500 estudantes de sete escolas públicas e um colégio particular do Distrito Federal, divididos em 11 pelotões. Os alunos vão empunhar as bandeiras dos 21 integrantes do G20 — 19 países e as uniões Africana e Europeia — e se vestir com vestes tradicionais do Rio Grande do Sul, em homenagem à população gaúcha.
No total, 3.990 pessoas devem desfilar — além dos estudantes, dos atletas olímpicos e dos militares montados e motorizados, a cerimônia terá servidores da Secretaria de Educação do DF, a Esquadrilha da Fumaça e a pirâmide humana do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
Público e autoridades
O governo federal espera receber 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Além de autoridades do Executivo, o R7 apurou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), estará presente. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, também vai participar da cerimônia.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda não definiu se vai ao evento. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não vai à solenidade. Por conta das eleições municipais de outubro, o deputado vai ficar no estado de origem para participar de atos de campanha de aliados.
No ano passado, no primeiro 7 de Setembro do terceiro mandato de Lula, Pacheco, Ibaneis e a então presidente do STF, a agora ministra aposentada Rosa Weber, participaram da cerimônia. Lira também não foi ao evento.
Fonte: R7