O rapper 50 Cent está criando uma série documental para a Netflix que examina as alegações de delitos envolvendo Sean Diddy Combs, que foi detido recentemente sob acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Em entrevista à Variety, 50 Cent destacou que se trata de uma “narrativa complexa que se estende por várias décadas”.
“Esta é uma história com um impacto humano significativo. É uma narrativa abrangente, não se limitando apenas às manchetes ou clipes que foram divulgados até agora”, declarou 50 Cent, junto com Alexandria Stapleton, que está à frente da direção da série.
Os dois enfatizaram: “Estamos comprometidos em dar voz aos que não têm e em apresentar perspectivas autênticas e nuances. Apesar das alegações perturbadoras, pedimos que todos se lembrem de que a história de Sean Combs não representa a totalidade do hip-hop e sua cultura.”
“Nosso objetivo é assegurar que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura”, finalizaram.
Ainda não foram divulgadas informações sobre a data de lançamento ou o título da série.
Detenção de Sean Diddy Combs
Conforme a acusação formal, que conta com 14 páginas, a investigação alega que Diddy liderava uma organização responsável por “freak-offs”, uma prática em que uma mulher e um garoto de programa participavam de maratonas sexuais filmadas. O documento menciona o uso de óleo de bebê e substâncias durante essas sessões.
Os vídeos teriam a intenção de desencorajar denúncias sobre a atividade, que envolvia o uso excessivo de substâncias e sexo sob coerção. De acordo com o governo dos Estados Unidos, essas ações eram descritas como “shows de horror” com “performances sexuais elaboradas”. Os participantes chegavam a um estado de exaustão tão extremo que precisavam de injeções de medicamentos para se recuperar. “Os freak-offs são o centro deste caso e, por sua natureza, são extremamente perigosos”, afirmou a promotora Emily A. Johnson em uma audiência recente.
No processo civil movido por Casandra Ventura, ex-parceira de Diddy, que foi apresentado no ano passado, afirma-se que o rapper organizava “freak-offs” em hotéis de luxo, onde orientava Ventura a aplicar “quantidades excessivas” de óleo em seu corpo e a seguir direções sobre como tocar os garotos de programa, enquanto ele filmava. “Ele tratava os encontros forçados como um projeto artístico pessoal, ajustando as luzes que usava para filmar”, declarou.
Diddy se declarou inocente das acusações de tráfico sexual e conspiração de extorsão, alegando que as práticas não envolviam agressão ou “força, fraude ou coerção”, conforme as diretrizes federais sobre tráfico sexual. “Será que todo mundo tem experiência com intimidade dessa maneira? Não”, disse Marc Agnifilo. “Isso é tráfico sexual? Não, não se todo mundo deseja estar lá”, concluiu durante a audiência.
fonte:metrópoles