A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, foi designada para assumir o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania de forma interina. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorreu após a demissão de Silvio Almeida na noite desta sexta-feira (6/9). Dessa forma, Dweck gerenciará simultaneamente o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Almeida, até então responsável pelo Ministério dos Direitos Humanos, enfrenta acusações de assédio sexual, com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, mencionada entre as vítimas. O caso foi revelado em uma reportagem do Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado. O Metrópoles também apurou que Esther Dweck e Anielle Franco se aproximaram durante a transição de governo em 2022. Ainda não se sabe a duração exata do período interino de Dweck, mas há uma expectativa interna de que ela permaneça no cargo por alguns meses — até o final do ano ou durante a próxima reforma ministerial.
Demissão de Silvio Almeida
A decisão de demitir Silvio Almeida foi tomada após uma reunião do presidente Lula com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho. As ministras Esther Dweck e Cida Gonçalves também participaram da reunião. O Planalto informou em nota que, “diante das graves denúncias contra o ministro Silvio Almeida e após convocá-lo para uma conversa”, o presidente decidiu pela demissão.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as acusações, e a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República anunciou a abertura de um procedimento preliminar para apurar as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro.
Silvio Almeida negou veementemente as acusações, classificando-as como “mentiras” e afirmando que tomaria medidas legais contra as denúncias, incluindo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça. Ele expressou seu repúdio às acusações com a “força do amor e do respeito que tem pela sua esposa e pela filha de 1 ano”, destacando sua luta diária em defesa dos direitos humanos e da cidadania no país.
fonte:metrópoles