Além do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o evento contará com a participação de representantes dos trabalhadores, empresários, poder público e organizações multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O GT produzirá uma declaração dos ministros do Trabalho, que se somará aos documentos similares dos outros GT na cúpula de chefes de Estado prevista para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Quatro eixos prioritários marcam as discussões do GT: criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente para assegurar inclusão social e eliminar a pobreza; promoção de uma transição justa nos processos de transformação digital e energética; uso de tecnologias como meio para melhorar a qualidade de vida de todos; e igualdade de gênero e promoção da diversidade no mercado de trabalho.
Em coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, o ministro Luiz Marinho destacou que é desafiador alcançar consensos entre os países do G20 para a implementação de medidas concretas na área de trabalho e emprego. No entanto, ele afirmou que a presidência brasileira do grupo está empenhada para que a declaração final não seja apenas um conjunto de frases vagas sem efeitos práticos.
“Há um grande interesse dos países em relação à nossa recente lei aprovada [Lei 14.611/2023], que está sendo implementada, sobre igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham a mesma função. Espero que este seja um dos pontos da declaração em que os países trabalharão para implementar”, disse o ministro. “O que não tem consenso, nós deixamos de lado. E trabalhamos em entendimentos que apontam para o futuro. Acredito que este é o objetivo que o G20 busca”, acrescentou. O Ministério do Trabalho também pretende reforçar os convites para que outros países se juntem à Coalizão Internacional de Igualdade Salarial (EPIC). O Brasil aderiu à coalizão em 2023, que existe desde 2017.
Outra iniciativa concreta que deve surgir do GT é a criação de um repositório de políticas públicas na área de trabalho e emprego, que será hospedado no portal da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunindo exemplos de políticas que os países compartilharam entre si.
O MTE informou também que foi restabelecido um grupo no GT para discutir a questão do valor do salário entre os países que compõem o G20, uma resposta à queda global na renda do trabalho. O objetivo é pensar em políticas para reverter essa situação.
O G20 é composto pela União Europeia, União Africana, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, países que juntos representam cerca de 80% do produto bruto mundial, 75% do comércio internacional, dois terços da população global e 60% da área terrestre do planeta.