“Nossa paciência, assim como a da comunidade internacional, está se esgotando enquanto esperamos que as autoridades eleitorais venezuelanas sejam transparentes e publiquem os dados completos e detalhados dessas eleições para que todos possam conhecer os resultados”, afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, durante uma coletiva de imprensa.
Kirby também mencionou que o governo do presidente Joe Biden apoia as conclusões do Carter Center, uma organização americana que foi convidada pela Venezuela para observar as eleições e que classificou o processo eleitoral como antidemocrático.
O porta-voz alegou que os recentes protestos na Venezuela são resultado do fato de que “o povo venezuelano está indo às ruas para exigir a contagem dos votos” e afirmou que “eles não devem ser responsabilizados por isso”.
“Temos sérias preocupações sobre possíveis mandados de prisão que Maduro e seus representantes poderiam emitir contra os líderes da oposição”, disse Kirby, condenando também “a violência política e qualquer forma de repressão”.
“A comunidade internacional está observando e tomaremos medidas apropriadas”, alertou.
Em outra coletiva de imprensa, Vedant Patel, porta-voz adjunto do Departamento de Estado, reiterou que a paciência dos EUA e da comunidade internacional está “se esgotando” e destacou que “cada vez mais países” estão solicitando ao CNE venezuelano a divulgação das atas de votação.
O CNE anunciou a vitória de Maduro na manhã de segunda-feira, com 51% dos votos, mas o principal bloco opositor afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o verdadeiro vencedor.
A ONU, a União Europeia (UE), os EUA, Brasil, Colômbia, Chile, México, Argentina e Espanha, entre outros, têm solicitado que as autoridades eleitorais venezuelanas publiquem as atas de votação para validar a suposta vitória de Maduro, enquanto milhares de pessoas têm protestado nas ruas da Venezuela contra o que consideram uma fraude eleitoral.
Fonte:epochtimesbrasil