Na segunda-feira (3), o governo dos Estados Unidos anunciou novas restrições tecnológicas direcionadas à China, com o intuito de restringir a capacidade do país asiático de desenvolver microchips avançados, que podem ser utilizados em equipamentos militares e aplicações de inteligência artificial.
Como parte dessas medidas, 140 empresas chinesas serão quase que proibidas de exportar determinados tipos de chips e equipamentos para os Estados Unidos, pois serão incluídas na “lista de entidades”. Essa classificação obriga as empresas, tanto americanas quanto de outros países, a solicitar licenças de exportação, que são praticamente impossíveis de serem concedidas.
Este é o terceiro grande conjunto de restrições implementado pelo governo do presidente Joe Biden nos últimos três anos e, como os anteriores, visa limitar o acesso da China aos microchips mais sofisticados, essenciais para o desenvolvimento de inteligência artificial militar e outras tecnologias.
Durante uma teleconferência com jornalistas no domingo, antes do anúncio oficial, a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, classificou as novas medidas como “os controles mais rigorosos já adotados pelos Estados Unidos para prejudicar a capacidade da China de fabricar os chips mais avançados utilizados em sua modernização militar”.
A administração Biden tem afirmado há anos que a segurança dos EUA pode ser ameaçada caso a China consiga produzir esses chips avançados. Esses componentes são fundamentais para o funcionamento de sistemas de inteligência artificial e supercomputadores, que podem ser empregados em ataques cibernéticos, desenvolvimento de novas armas e vigilância em larga escala.
Entre as empresas afetadas pelas restrições estão a Shenzhen Pensun Technology Co, que colabora com a gigante Huawei, e os principais fabricantes chineses de equipamentos para fabricação de chips, como Piotech, ACM Research e SiCarrier Technology.
As novas regras impõem restrições à exportação de 24 tipos de ferramentas de fabricação de chips que anteriormente não estavam sujeitas a regulamentações.
Uma novidade desse pacote é a implementação da chamada “regra de produto estrangeiro direto” (FDPR), que impacta empresas não americanas que utilizam chips produzidos com tecnologia dos EUA em seus equipamentos.
Essa regra tem como objetivo restringir o que empresas de outros países, assim como as empresas dos EUA que operam em instalações fora do território americano, podem exportar para a China.
Segundo o jornal Financial Times, Japão e Holanda estarão isentos dessas restrições. Ambos os países, juntamente com os EUA, dominam a produção de equipamentos avançados para fabricação de chips e poderão estabelecer seus próprios critérios.
fonte:epochtimesbrasil