Nesta quinta-feira (12), os Estados Unidos impuseram sanções a 16 funcionários do governo venezuelano, incluindo membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), do Tribunal Supremo de Justiça e da Assembleia Nacional. A medida foi tomada devido à suposta proclamação falsa da vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.
Entre os sancionados estão Caryslia Rodríguez, presidente do Tribunal Supremo, Antonio José Meneses, secretário-geral do CNE, e Pedro Infante Aparicio, vice-presidente da Assembleia Nacional.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou em um comunicado que, ao invés de respeitar a vontade do povo venezuelano expressa nas urnas, Maduro e seus representantes anunciaram falsamente sua vitória enquanto reprimiam e intimidavam a oposição democrática para manterem-se no poder de forma ilegítima.
O Departamento do Tesouro dos EUA revelou que as sanções financeiras afetam 16 indivíduos “associados a Maduro”, incluindo membros do CNE, do Supremo Tribunal e da Assembleia Nacional. Esses funcionários são acusados de “impedir um processo eleitoral transparente e a divulgação de resultados precisos”.
Com as sanções, todas as propriedades e ativos desses indivíduos nos EUA estão bloqueados e eles estão proibidos de realizar transações financeiras. O Tesouro destacou que Caryslia Rodríguez, na qualidade de presidente do tribunal superior, validou a “alegação infundada de que Maduro venceu as eleições, apesar das alegações bem fundamentadas de fraude eleitoral generalizada”.
Outros alvos das sanções incluem os juízes Fanny Beatriz Márquez, Inocencio Figueroa, Malaquías Gil Rodríguez e Juan Carlos Hidalgo, bem como o procurador Luis Ernesto Duéñez, responsável pelo pedido de prisão contra o candidato presidencial opositor Edmundo González Urrutia, que os EUA consideram o verdadeiro vencedor das eleições. A lista também inclui Rosalba Gil Pacheco, do CNE, por “obstrução à democracia”, e António José Meneses, secretário-geral interino do CNE, por “irregularidades no registro eleitoral”.
Dentre os sancionados estão ainda o comandante das Forças Armadas, Domingo Hernández, e o comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Elio Estrada, ambos acusados de reprimir a população venezuelana.
Simultaneamente, o Departamento de Estado dos EUA proibiu a entrada no país de “funcionários alinhados com Maduro que comprometeram o processo eleitoral na Venezuela e são responsáveis por atos de repressão”.
Com as novas sanções, o número de funcionários venezuelanos sancionados pelo Tesouro dos EUA ultrapassa 140, enquanto quase 2.000 pessoas estão sujeitas a restrições de visto pelo Departamento de Estado.
Em uma teleconferência com jornalistas, funcionários do governo de Joe Biden afirmaram que continuarão monitorando a situação na Venezuela para avaliar a necessidade de novas sanções, embora não tenham especificado se pretendem impor novas restrições ao petróleo venezuelano.
“Os Estados Unidos continuarão promovendo a responsabilização daqueles que minam a democracia na Venezuela”, alertou Blinken.
O CNE proclamou a reeleição de Maduro sem divulgar as atas de votação, enquanto a oposição reivindica a vitória de Urrutia, que recentemente pediu asilo na Espanha.
Fontes americanas destacaram que González Urrutia “permanece como uma voz proeminente pela paz e pela mudança democrática na Venezuela”.
Fonte:epochtimesbrasil