A Polícia Civil dos EUA está sendo chamada a investigar grupos associados à Frente Unida do Partido Comunista Chinês (PCCh) após a identificação de suas atividades violentas durante a visita do líder chinês, Xi Jinping, a São Francisco em 2023. O Conselho para a Democracia de Hong Kong (HKDC) e os Estudantes por um Tibete Livre (SFT) solicitaram ao Departamento de Justiça (DOJ) que examine as ações desses grupos de influência estrangeira e verifique se estão agindo como agentes não registrados da República Popular da China (RPC).
Os grupos utilizaram pesquisa de código aberto e tecnologia de reconhecimento facial para identificar indivíduos alinhados ao PCCh que teriam atacado manifestantes pacíficos durante a visita de Xi, que ocorreu de 14 a 17 de novembro de 2023. As vítimas, que protestavam contra as violações dos direitos humanos do PCCh, relataram ter sido alvos de assédio, intimidação e agressão. Uma vítima afirmou ter recebido mais de mil mensagens em um único dia, enquanto outra relatou ataques físicos.
A investigação revelou que 19 líderes da Frente Unida do PCCh estiveram em São Francisco durante a visita de Xi, com 12 deles supostamente envolvidos em ataques contra manifestantes. Esses líderes vieram de várias localidades dos EUA, incluindo Nova York, Califórnia, Portland, Seattle e Filadélfia. As autoridades destacam que o modus operandi do suspeito, que incluía mensagens ameaçadoras e ataques físicos, caracteriza-se como stalking.
O deputado John Moolenaar (R-Mich.) criticou os ataques, descrevendo-os como uma violação grave da soberania americana e dos valores democráticos. Ele pediu uma investigação rigorosa por parte do FBI e da Polícia de São Francisco, enfatizando que a repressão transnacional não deve ser tolerada nos EUA.
O PCCh utiliza uma rede de grupos, alguns diretamente vinculados ao Departamento de Trabalho da Frente Unida, para promover seus interesses e controlar comunidades da diáspora chinesa. O relatório menciona Li Huahong, chefe da Aliança Mundial Anti-Culto Chinesa (CACA), como um dos indivíduos envolvidos em ataques a manifestantes, incluindo uma agressão contra a ativista Jia Junwei.
Além de Li, outros líderes da Frente Unida, como Li Huanjun e Jing Dongsheng, também foram identificados como participantes de agressões. O relatório documenta ataques a manifestantes tibetanos e chineses pró-democracia, destacando a necessidade de ação governamental.
O HKDC e o SFT criticaram a resposta das autoridades locais, alegando falta de preparo para lidar com a repressão transnacional. Eles recomendaram que o Departamento de Estado imponha sanções contra indivíduos envolvidos e que o Departamento de Segurança Interna forneça treinamento sobre repressão transnacional. Também solicitaram ao Congresso a aprovação de legislações para combater a repressão transnacional.
O relatório destaca que a inação das autoridades pode encorajar o PCCh a continuar suas práticas de intimidação e violência, prejudicando a segurança e a liberdade dos defensores dos direitos humanos nos EUA e no exterior.
Fonte:epochtimesbrasil