O humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, foi preso em 14 de julho de 2024, em Florianópolis, Santa Catarina, e transferido para o Rio Grande do Sul. Ele é acusado de estelionato, sendo suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual chamada “Tadizuera”. A investigação revelou que os produtos nunca foram entregues, resultando em um prejuízo estimado de R$330 mil, com movimentações financeiras ligadas a ele ultrapassando R$5 milhões.
A loja virtual “Tadizuera” operou entre março e julho de 2022, vendendo principalmente eletrônicos, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, a preços muito abaixo do mercado. Muitos compradores pagaram pelos produtos, mas nunca os receberam. A investigação apontou que Nego Di sabia que os produtos não seriam entregues e, ainda assim, continuou promovendo as vendas.
Além das acusações de estelionato, Nego Di também é investigado por lavagem de dinheiro e fraude tributária, com suspeitas de que ele utilizava rifas virtuais para movimentar grandes quantias de dinheiro.
Uma das alegações feitas pela defesa de Nego Di é que parte do dinheiro arrecadado foi destinada a doações para causas sociais no Rio Grande do Sul, incluindo um suposto montante de R$1 milhão doado para as vítimas das enchentes que ocorreram no estado. No entanto, a Polícia Civil está investigando a veracidade dessas doações para determinar se elas foram realmente realizadas ou se eram parte do esquema para disfarçar a origem ilícita dos fundos.
Anderson Boneti, sócio de Nego Di na empresa “Tadizuera”, também foi alvo da investigação. Boneti, que tem 35 anos, foi preso anteriormente na Paraíba em fevereiro de 2023, mas foi solto dias depois.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul desconfia que o sócio de Nego Di, Anderson Bonetti, pode ter deixado o Brasil para escapar do mandado de prisão.
A esposa de Nego Di, identificada como Camila Alves, também foi presa em uma operação conduzida pelo Ministério Público. Ela é acusada de participar ativamente do esquema, auxiliando na gestão das fraudes e na movimentação do dinheiro obtido de forma ilícita. Camila Alves foi solta mediante fiança de R$14 mil reais.
Atualmente, Nego Di permanece preso preventivamente. Seu advogado não conseguiu descaracterizar os fundamentos da prisão preventiva, que incluem a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal. A defesa do humorista afirma que está tomando todas as medidas legais cabíveis e destaca a presunção de inocência garantida pela Constituição.
pública, a conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal. A defesa do humorista afirma que está tomando todas as medidas legais cabíveis e destaca a presunção de inocência garantida pela Constituição.
Reportagem: REGINALDO GONZAGA