O FBI informou nesta segunda-feira (12) que está apurando possíveis ataques cibernéticos iranianos direcionados às campanhas eleitorais de Donald Trump e Joe Biden. Na época, Biden ainda estava na disputa presidencial e não havia anunciado sua decisão de não concorrer à reeleição.
Três funcionários da campanha democrata de Biden, antes da vice-presidência de Kamala Harris, relataram ter recebido e-mails que aparentavam ser legítimos, mas que, se abertos, poderiam ter concedido acesso às suas comunicações. Segundo essas fontes anônimas, não há provas de que essas tentativas de invasão tenham sido bem-sucedidas.
O jornal The Washington Post revelou que o FBI iniciou a investigação em junho, levantando suspeitas de que o Irã estivesse tentando roubar dados das campanhas de Trump e Biden. Entre as ações investigativas, foram contatadas empresas como o Google.
Essas tentativas de invasão ocorreram antes de Biden anunciar, em julho, que não se candidataria à reeleição, levando os democratas a escolher Kamala Harris como nova candidata.
Apesar das suspeitas do FBI sobre a possível responsabilidade do Irã, o jornal afirmou que os investigadores ainda não confirmaram se o país enviou informações internas da campanha à imprensa, algo que o Partido Republicano, de Trump, atribui a Teerã.
No último sábado, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, confirmou à imprensa americana que algumas comunicações internas foram de fato hackeadas.
O portal Politico informou que, no final de julho, recebeu e-mails de uma conta anônima contendo documentos que pareciam ser da campanha republicana, incluindo “comunicações internas de um funcionário sênior”.
Cheung declarou que esses documentos foram “obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos, com a intenção de interferir na eleição de 2024 e semear o caos no processo democrático do país.”
Ele também se referiu a um relatório da Microsoft divulgado na sexta-feira, que detalha operações cibernéticas iranianas visando a eleição presidencial de 5 de novembro nos EUA. O relatório indicou que atividades semelhantes foram observadas por Teerã nos últimos três ciclos eleitorais.
Na segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, condenou a interferência estrangeira nas eleições e afirmou que leva as denúncias “muito a sério”, embora tenha se recusado a comentar a acusação feita pela campanha republicana.
“Já dissemos repetidamente que este governo condena firmemente qualquer governo ou entidade estrangeira que tente interferir em nosso processo eleitoral ou minar a confiança em nossas instituições democráticas. É por isso que levamos muito a sério os relatos de tais atividades”, afirmou Jean-Pierre, ressaltando que o governo intensificou seus esforços para proteger as eleições dos EUA.
FONTE:EPOCHTIMESBRASIL