A declaração do Terceiro Encontro Regional do Foro de Madri, que se concluiu nesta sexta-feira (6) em Buenos Aires, expressou a “expectativa”de vitória do ex-presidente republicano dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições de novembro. Além disso, o grupo alertou sobre um possível “duro golpe” para a região caso a atual vice-presidente, Kamala Harris, seja eleita.
O Foro de Madri, uma iniciativa da Fundação Disenso, ligada ao partido de direita espanhol Vox, reuniu representantes de 15 países da América Latina e da Europa que se opõem ao socialismo e defendem a liberdade. O encontro em Buenos Aires, realizado na quinta e na sexta-feira, seguiu as edições de Bogotá (2022) e Lima (2023).
Durante o evento, após os discursos do presidente argentino Javier Milei e do presidente do Vox, Santiago Abascal, além de um discurso do ex-candidato presidencial chileno José Antonio Kast, a declaração final do encontro foi divulgada.
“Esperamos a vitória de Donald Trump nas eleições americanas de novembro” foi um dos sete pontos destacados no documento final do Foro de Madri, lido por Abascal no palco do Palacio Libertad, que recebeu aplausos.
“Uma vitória de Kamala Harris representaria um duro golpe para o hemisfério ocidental e para as liberdades, devido à sua ideologia filo-socialista, seus laços com a esquerda radical e seu desejo de restringir a liberdade de expressão”, afirmou o líder de direita espanhol.
A declaração também afirmou que “a Ibero-América, uma reserva moral e cultural do Ocidente, está gradualmente recuperando a democracia e o estado de direito, afastando-se do socialismo do século XXI e emergindo como uma região onde a liberdade, o desenvolvimento e a prosperidade prevalecerão”.
Como exemplo, foi citado o governo da Argentina sob a presidência de Milei, que desde que assumiu em 10 de dezembro de 2023 “demonstrou como reativar a economia e devolver o poder ao povo, que havia sido sequestrado por décadas por formações políticas de miséria e resignação”.
“Reafirmamos nosso compromisso com a luta cultural contra o marxismo cultural destrutivo e a engenharia social totalitária em todas as suas formas, incluindo wokismo, progressismo e socialismo de qualquer tipo”, acrescentou o documento.
O texto final do encontro reiterou o apoio à oposição venezuelana e declarou que seus membros não descansarão “até que a decisão do povo venezuelano, expressa nas eleições de 28 de julho, seja respeitada pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro”, criticando também “a ambiguidade dos governos e organizações supranacionais que não reconhecem Edmundo González Urrutia como presidente eleito”, com destaque para “a UE e o governo espanhol”.
Adicionalmente, o documento denunciou “os vínculos do Foro de São Paulo, do Grupo Puebla e da Internacional Progressista com o crime organizado” e seus métodos para “destruir as democracias”, enquanto Abascal chamou de “cúmplices” os presidentes Luíz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gustavo Petro (Colômbia), Andrés Manuel López Obrador (México), Xiomara Castro (Honduras), Gabriel Boric (Chile) e Pedro Sánchez (Espanha).
O encontro também repudiou “a penetração da América Latina e da Europa por poderes totalitários e inimigos do Ocidente, como Irã, China e Rússia” e reafirmou que a Ucrânia “tem o direito e o dever de se defender”.
A declaração final expressou “solidariedade e apoio” ao povo de Israel e denunciou a “colaboração dos membros do Foro de São Paulo, do Grupo de Puebla e da Internacional Progressista com o terrorismo”, condenando a “equidistância demonstrada pelos órgãos supranacionais entre o terrorismo de Hamas, Hezbollah e Irã, e a democracia de Israel”.
fonte:epochtimesbrasil