Em comunicado, o grupo, composto pelas 19 maiores economias do planeta mais União Europeia e União Africana, reconhece divergências entre os membros e participantes quanto à relevância dessas questões para a economia global. Alguns consideram esses conflitos de impacto global e pertinentes ao G20, enquanto outros discordam da inclusão desses temas no fórum.
Diante dessa divergência, a presidência brasileira afirmou que irá “conduzir a discussão sobre essas questões entre os sherpas nos próximos meses, em preparação para a Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro”. Sherpas são representantes pessoais de chefes de Estado ou de Governo que preparam cúpulas internacionais.
O comunicado também reitera o compromisso dos líderes com o fortalecimento do G20 como uma plataforma eficaz de cooperação, baseada no consenso como ferramenta essencial, evocando a Declaração de Líderes de Nova Délhi de 2023.
Naquela ocasião, os líderes expressaram preocupação com a guerra na Ucrânia e reafirmaram a necessidade de todos os Estados se abster da ameaça ou uso da força contra a integridade territorial e soberania de outros Estados, além de condenarem o uso de armas nucleares.
Desde então, os conflitos no Oriente Médio intensificaram-se, com o Brasil classificando o conflito como genocídio, devido à destruição e às numerosas vítimas fatais, incluindo muitas crianças.
O G20 é composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos) mais a União Europeia, representando aproximadamente 85% do Produto Interno Bruto (PIB) global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
Desde 2008, os países têm revezado na presidência do G20, sendo esta a primeira vez que o Brasil assume a liderança no formato atual.
REDAÇÃO QCE NEWS