O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, relembrou sua participação nas negociações para a libertação de Silvio Santos e de um dos sequestradores de sua filha, Patrícia Abravanel, em 2001, em São Paulo. Alckmin, que era governador do estado na época, destacou o “constante bom humor” do apresentador. “Isso é uma das melhores provas de inteligência”, afirmou em entrevista à CNN.
“(Silvio Santos comentou sobre o sequestrador:) Doutor Geraldo, esse rapaz é ótimo, ele vai fazer faculdade. Silvio Santos sempre demonstrou uma habilidade excepcional para entreter, conversar e convencer”, relatou. Silvio Santos foi mantido como refém por cerca de sete horas. A presença do então governador foi uma exigência dos criminosos para encerrar o sequestro. Alckmin também mencionou que uma médica cirurgiã foi chamada para auxiliar o sequestrador, enquanto Silvio procurava roupas para ele antes de ser levado pela polícia.
O Sequestro
No dia 30 de agosto de 2001, Silvio Santos ainda estava se recuperando do susto vivido dias antes. Sua filha Patrícia, na época com 23 anos, havia sido libertada dois dias antes, após passar uma semana em cativeiro. Menos de 24 horas após a libertação de Patrícia, dois sequestradores foram presos: Marcelo Batista Santos, de 27 anos, e Esdras Dutra Pinto, de 19 anos. A polícia continuava à procura de outros dois envolvidos no crime: Fernando Dutra Pinto, de 22 anos e irmão de Esdras, e sua namorada, conhecida como Jenifer. O casal teria o dinheiro do resgate, cerca de R$ 500 mil. Fernando foi encontrado em um hotel em Alphaville, mas conseguiu fugir após trocar tiros com a polícia. Horas depois, por volta das 7h do dia 30 de agosto, Fernando Dutra Pinto invadiu a residência de Silvio Santos no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, dando início a um novo capítulo de terror na vida da família Abravanel.
fonte:metrópoles