O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), condenou o ataque cibernético que resultou na explosão de pagers no Líbano. Na terça-feira (17/9), uma série de explosões coordenadas e simultâneas de centenas de dispositivos eletrônicos causou a morte de pelo menos 11 pessoas e deixou centenas de feridos.
“Tais ações provocam uma escalada significativa das tensões na região e aumentam o risco de expansão do conflito. Elas também evidenciam que, lamentavelmente, os múltiplos apelos da comunidade internacional para que os atores no Oriente Médio atuem com máxima contenção têm sido ineficazes”, declarou o Itamaraty em uma nota oficial.
O ministério ressaltou que o Brasil reafirma a necessidade de pleno respeito à soberania e integridade territorial dos países e defende rigorosamente a implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“A embaixada brasileira em Beirute não registrou brasileiros entre as vítimas e está dedicada a fornecer orientações à comunidade brasileira diante da delicada situação de segurança no Líbano”, conclui o comunicado.
O ataque cibernético aumentou a tensão no Oriente Médio. Durante o incidente, pagers explodiram simultaneamente em várias áreas do Líbano, bem como em regiões da Síria. Segundo um comunicado do Hezbollah, diversos dispositivos eletrônicos pertencentes aos membros do grupo xiita detonaram por volta das 15h30 (horário local). O Hezbollah atribuiu a responsabilidade pelo ataque a Israel.
fonte:metrópoles
