O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou a respeito das denúncias de assédio sexual e moral que pesam contra o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, 5, o Palácio do Planalto afirma que o caso já está sob investigação.
“O governo federal reconhece a gravidade das denúncias”, afirma a Presidência da República, em trecho do comunicado. “O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem.”
Na nota, o Poder Executivo ressalta que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu, de ofício, um procedimento de apuração. Ou seja, em outras palavras, Almeida passa a ter a sua conduta como agente pública na mira.
Nesse sentido, o Planalto sinaliza que a apuração já teve início. O órgão informa, por exemplo, que chamou o ministro para prestar esclarecimentos tanto à Controladoria-Geral da União, sob comando de Vinícius Carvalho, quanto à Advocacia-Geral da União, que tem Jorge Messias como titular.
“O próprio ministro Silvio informou que irá encaminhar ofício à CGU, ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República para que investiguem o caso”, afirma o governo federal.
As denúncias contra Silvio Almeida
Titular da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania desde o início do atual governo, em janeiro de 2023, Silvio Almeida se viu, no decorrer desta quinta-feira, como alvo de denúncias de assédio moral e sexual.
De acordo com o portal UOL, servidores acusam o ministro de assediar moralmente quem diverge dele. Além disso, Almeida teria forçado pedidos de demissão.
Já a plataforma on-line Me Too avisou que recebeu denúncias de assédio sexual contra o integrante do primeiro escalão do governo Lula.
Publicamente, Silvio Almeida nega as acusações. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele se diz vítima de “mentiras”.
Conforme Oeste, um movimento interno, de aliados do ministro, teve início nas últimas horas. Um funcionário da pasta sob comando de Almeida pediu, em mensagem em um grupo, para que se divulgasse uma declaração de apoio ao ministro.
Fonte: Revista oeste