O grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza e está em conflito com Israel há mais de dez meses, reiterou nesta quarta-feira (14) que não participará da nova rodada de negociações para um cessar-fogo, agendada para amanhã pelos mediadores.
“O Hamas não estará presente nas próximas negociações marcadas para amanhã, quinta-feira, seja no Cairo ou em Doha”, afirmou Suhail al Hindi, membro do gabinete político do Hamas, ao portal “Al Arabi Al Jadeed”.
A milícia palestina Jihad Islâmica, que tem apoiado o Hamas em sua luta contra Israel, também manifestou apoio a essa decisão.
“A decisão da resistência é unificada e não entraremos em negociações que permitam ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ganhar tempo sem compromisso”, declarou a Jihad Islâmica em comunicado. A milícia acrescentou que “não tem outra alternativa senão lutar contra a intransigência sionista”.
Os Estados Unidos, o Egito e o Catar, que atuam como mediadores, solicitaram no dia 8 de agosto que Israel e o Hamas “retomassem as discussões urgentes na quinta-feira, 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para resolver todas as pendências e iniciar a implementação do acordo sem mais atrasos”.
Israel concordou com a proposta e afirmou que enviaria uma delegação, mas o Hamas se recusou a participar das novas negociações. Em vez disso, o grupo exige que sejam respeitados os termos acordados em 2 de julho, relacionados a um plano estabelecido em maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
“O movimento exige um compromisso claro por parte da ocupação com o que foi acordado em 2 de julho, conforme esclarecimentos fornecidos pelos mediadores. Se isso ocorrer, o movimento está preparado para avançar nos mecanismos de implementação do acordo”, destacou Al Hindi.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou ontem ter feito novas exigências na proposta de Biden e acusou o Hamas de solicitar 29 alterações que Israel se recusa a aceitar.
Toda essa situação ocorre enquanto o Oriente Médio se aproxima de uma possível escalada regional, que a comunidade internacional tenta evitar por meio de um cessar-fogo em Gaza.
fonte:epochtimesbrasil