O Ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou nesta terça-feira (13) o apelo de Alemanha, França e Reino Unido para que cessem as ameaças contra Israel, afirmando que o país não precisa de permissão para proteger sua segurança nacional.
O porta-voz do ministério, Nasser Kanani, declarou em um comunicado que o Irã está comprometido em defender sua soberania e segurança nacional, além de promover a estabilidade regional e criar dissuasão contra o que considera a verdadeira fonte de insegurança e terrorismo na região.
Kanani também afirmou que o Irã “não pede permissão a ninguém para usar seus direitos reconhecidos,” em alusão à resposta ao assassinato do líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido em Teerã no último 31 de julho.
Em resposta a um possível ataque iminente do Irã contra Israel, Alemanha, França e Reino Unido, em uma declaração conjunta na segunda-feira, solicitaram a Teerã e seus aliados que se abstivessem de atacar Israel, evitassem a escalada das tensões regionais e não colocassem em risco um possível acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Kanani criticou a declaração dos três países europeus, afirmando que, ao não abordar os crimes do “regime sionista” (Israel), a declaração pede “descaradamente” que o Irã não tome medidas de dissuasão contra um regime que viola sua soberania e integridade territorial. Ele acusou as autoridades israelenses de aumentar sua “insolência” na prática de crimes graves.
O Irã, que lidera o Eixo da Resistência — uma aliança anti-Israel composta pelo Hamas, Hezbollah e houthis do Iémen — já havia realizado um ataque direto contra o território israelense em abril, em retaliação ao bombardeio do consulado iraniano em Damasco, Síria, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo dois generais.
FONTE:EPOCHTIMESBRASIL