Após horas de intensas discussões, o governo de Israel deu o aval para o acordo de cessar-fogo com o Hamas, que marca um novo capítulo na guerra da Faixa de Gaza. O plano de paz foi inicialmente aprovado pelo gabinete de segurança israelense e, posteriormente, ratificado pelo restante da administração do país. A informação foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (17/1).
Cessar-fogo
Desde o segundo semestre do ano passado, um cessar-fogo entre Israel e Hamas vinha sendo negociado com a mediação de Catar, Estados Unidos e Egito. As negociações iniciais enfrentaram obstáculos devido a divergências sobre os termos do acordo.
O anúncio oficial do cessar-fogo foi feito na quarta-feira (15/1). Em comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou: “O governo aprovou o plano para o retorno dos sequestrados”. O cronograma para a libertação dos reféns começará a ser implementado no domingo, 19 de janeiro de 2025.
Impasses políticos e ameaças
Antes de ser aprovado pelo governo israelense, o plano de paz gerou um impasse político dentro da administração de Netanyahu. Sob forte pressão, o primeiro-ministro atrasou em 48 horas a reunião para discutir o cessar-fogo no gabinete de segurança nacional. O órgão deu sua aprovação após se reunir na manhã desta sexta-feira.
Netanyahu, eleito por uma coalizão de partidos de direita, enfrentou ameaças de membros de siglas que se opõem à interrupção da guerra em Gaza, onde mais de 45 mil palestinos perderam a vida.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, anunciou que deixará o governo de Netanyahu caso o plano de paz seja aprovado. Seu partido, Otzma Yehudit, detém 6 dos 68 assentos do governo no Knesset, o parlamento israelense. Para manter seu governo, Netanyahu precisa garantir uma maioria de 61 cadeiras.
fonte:metrópoles