Israel informou que atingiu “dezenas” de alvos do Hezbollah no sul do Líbano na noite de terça-feira, um dia após realizar uma série de ataques aéreos contra o grupo terrorista apoiado pelo Irã.
O Ministério da Saúde do Líbano relatou que, até terça-feira, pelo menos 558 pessoas morreram nos ataques de segunda-feira, incluindo 50 crianças, e 1.835 ficaram feridas. Um oficial libanês mencionou que esse foi o maior número de mortes diárias causadas por violência no país desde a guerra civil de 1975-1990.
Na manhã de terça, o Hezbollah anunciou que atacou vários alvos militares israelenses, incluindo uma fábrica de explosivos localizada a 60 quilômetros dentro de Israel, utilizando foguetes Fadi. O grupo afirmou que os ataques ocorreram por volta das 4h, horário local, e que o campo de aviação de Megido foi alvo de três ataques durante a noite.
Quase um ano após o início da guerra contra o Hamas em Gaza, a fronteira sul de Israel se torna o foco, enquanto o Hezbollah tem disparado foguetes em apoio ao Hamas. O grupo, que controla a Faixa de Gaza, também conta com o apoio do Irã.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram ter atacado uma célula do Hezbollah, com artilharia e tanques atingindo outros alvos no sul do Líbano. Fragmentos de mísseis interceptadores foram encontrados em várias áreas do norte de Israel.
Autoridades libanesas relataram que os ataques aéreos israelenses de segunda-feira resultaram em quase 500 mortes e levaram dezenas de milhares a buscar abrigo.
Após intensas trocas de fogo na fronteira, Israel alertou os civis do Líbano para evacuarem áreas que, segundo eles, o Hezbollah utilizava para armazenar armamentos. Famílias do sul do Líbano carregaram seus veículos e se dirigiram ao norte, causando congestionamento nas rodovias.
O ministro libanês responsável pela resposta à crise, Nasser Yassin, informou à Reuters que 89 abrigos temporários foram estabelecidos, com capacidade para mais de 26.000 pessoas, à medida que os civis fugiam do que ele descreveu como “atrocidades israelenses”.
As IDF afirmaram ter atingido o Hezbollah em várias regiões do Líbano, destruindo lançadores de foguetes, postos de comando e infraestrutura militar. A Força Aérea Israelense declarou ter atacado cerca de 1.600 alvos do Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa.
De acordo com as IDF, o Hezbollah lançou mais de 100 projéteis contra Israel na segunda-feira, atingindo áreas profundas, como a cidade de Haifa e partes da Cisjordânia ocupada. Embora a maioria dos mísseis tenha sido interceptada, duas pessoas ficaram feridas com fragmentos no norte de Israel.
As IDF também apresentaram evidências de que munições do Hezbollah estavam sendo armazenadas em residências, justificando os ataques. Entre os armamentos encontrados, estavam mísseis de cruzeiro, foguetes de grande alcance e drones.
Em um caso, as IDF divulgaram fotos de um foguete de longo alcance montado em um lançador hidráulico no sótão de uma casa.
O Chefe de Estado-Maior das IDF, Tenente-General Herzi Halevi, descreveu a operação como “uma ofensiva proativa”. Ele destacou a importância de eliminar a infraestrutura militar do Hezbollah, construída ao longo de 20 anos, e afirmou que os ataques visam criar condições para que os civis deslocados do norte possam retornar.
Escalada de conflitos
A política externa da União Europeia classificou a escalada entre Israel e o Hezbollah como “quase uma guerra em plena escala”. Josep Borrell, representante da UE, expressou preocupação com o aumento do número de vítimas civis e a intensidade dos ataques, ressaltando a necessidade de esforços diplomáticos para evitar um conflito total.
fonte:epochtimesbrasil