Em 6 de setembro, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu à China que interrompa seu apoio e financiamento aos esforços bélicos da Rússia contra a Ucrânia.
“A China se tornou um facilitador crucial da guerra russa contra a Ucrânia”, declarou Stoltenberg aos jornalistas em Oslo. “É a China que permite a produção de muitas das armas usadas pela Rússia. Apelo à China para que cesse seu apoio à guerra ilegal da Rússia.”
Apesar dos apelos internacionais, incluindo dos Estados Unidos e de organizações globais, para que cesse seu apoio, o Partido Comunista Chinês (PCCh) continua a apoiar as operações militares russas no conflito com a Ucrânia. O PCCh ignorou os apelos para condenar a guerra desde seu início em fevereiro de 2022 e optou por vender tecnologias e componentes essenciais para o exército russo, conforme relatado pela Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China. Após a imposição de sanções internacionais contra a Rússia, Pequim instruiu empresas estatais a atuar como intermediárias para o exército russo e como corretores de importações russas.
Recentemente, os Estados Unidos anunciaram sanções abrangentes contra empresas chinesas e a indústria de metais e mineração da Rússia, em um esforço para impedir que fundos americanos financiem a guerra e pressionar financeiramente a Rússia. A China indicou que continuará a manter seu comércio com a Rússia.
O PCCh geralmente nega ter contribuído para o esforço de guerra russo, muitas vezes acusando a União Europeia, os Estados Unidos ou organismos internacionais como as Nações Unidas de criar “tensões” em torno da Ucrânia.
No início deste ano, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou à mídia francesa que “se a China quiser, ela pode forçar a Rússia a parar com esta guerra.” As relações entre a Ucrânia e a China se tornaram mais tensas devido ao reconhecimento de Taiwan por alguns legisladores ucranianos e à formação do Grupo de Amizade com Taiwan, segundo um relatório exclusivo da Newsweek.
O PCCh frequentemente emite advertências quando líderes de outros países reconhecem Taiwan e pressiona os vizinhos no Pacífico a cortar laços com a pequena nação insular. No mês passado, o Fórum das Ilhas do Pacífico, que reúne 18 estados membros e parceiros, optou por não incluir uma referência a Taiwan como “parceiro de desenvolvimento”.
Especialistas, como o diretor da CIA, William Burns, e o general australiano aposentado Mick Ryan, indicam que o PCCh está observando a guerra entre Rússia e Ucrânia para aprender como conduzir uma possível invasão de Taiwan. O presidente dos EUA, Joe Biden, também destacou que o apoio dos EUA à Ucrânia sinaliza ao PCCh o custo potencial de tentar tomar Taiwan à força.
fonte:epochtimesbrasil