Em um discurso na quarta-feira (25) na 79ª Assembleia Geral da ONU, o presidente francês Emmanuel Macron fez um apelo pela inclusão do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, argumentando que essa ampliação é fundamental para promover a paz e a segurança mundial.
Além do Brasil, Macron mencionou que Alemanha e Japão também deveriam ser considerados para essa posição, enfatizando a necessidade de um conselho mais representativo.
“Vamos tornar a ONU mais eficiente. Primeiramente, tornando-a mais representativa, e é por isso que a França apoia a expansão do Conselho de Segurança. Alemanha, Japão e o querido Brasil deveriam ser membros permanentes”, declarou Macron.
O presidente também criticou o uso do poder de veto pelos cinco membros permanentes atuais — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — sugerindo que esse veto não se aplique em casos de crimes em massa. Essa mudança, segundo ele, poderia trazer mais justiça nas decisões do Conselho.
Os membros permanentes detêm poder de veto, o que significa que, se um deles vetar uma resolução, ela não será aprovada. Os cinco atuais membros foram definidos após a Segunda Guerra Mundial, com a República Popular da China, liderada pelo Partido Comunista Chinês, assumindo a vaga da República da China, atualmente em Taiwan. A Rússia herdou a posição da União Soviética.
O debate sobre a expansão do Conselho é antigo, refletindo as mudanças nas dinâmicas de poder global desde a criação da agência. O governo brasileiro há muito busca a possibilidade de se tornar um membro permanente. As Forças Armadas do Brasil são classificadas pelo Global Firepower Index (GFP) como as mais capacitadas da América Latina e do Hemisfério Sul, ocupando a 12ª posição mundial em 2024.
A Índia, que é classificada pelo GFP como a 4ª maior força armada do mundo em 2024, também está interessada em se tornar membro permanente.
Crise no Oriente Médio
Macron também abordou a crise no Oriente Médio em seu discurso. Ele condenou os ataques do Hamas a Israel, ocorridos em outubro de 2023, e lamentou a morte de 48 franceses durante os confrontos.
Embora reconheça o direito de Israel de proteger seus cidadãos, Macron pediu um cessar-fogo, assim como a libertação de reféns israelenses.
“A guerra que Israel trava em Gaza já dura muito tempo. As milhares de vítimas na Palestina não podem ser justificadas. Não há explicação para isso. Muitos inocentes morreram”, afirmou.
Além disso, o presidente francês anunciou que o ministro das Relações Exteriores do país, Jean-Noël Barrot, viajará ao Líbano no final da semana para participar de discussões em busca de um cessar-fogo durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança, convocada pela França.
fonte:epochtimesbrasil