O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, declarou nesta terça-feira (27/8) que não tinha conhecimento dos vídeos divulgados por sua campanha e em seu perfil do Instagram, que orientavam apoiadores a impulsionar postagens nas redes sociais para promover sua candidatura. Essa prática é proibida pela Justiça Eleitoral, conforme revelado pelo Metrópoles. Marçal afirmou que irá investigar a situação e suspender a estratégia se for confirmada a irregularidade.
“Vou verificar isso. Se houver alguma irregularidade, serei o primeiro a tomar medidas contra quem praticou isso. A primeira coisa é interromper essa prática. Vou investigar o ocorrido”, disse Marçal durante uma caminhada com apoiadores pela Avenida Paulista, na região central de São Paulo. “Se for irregular, deve ser corrigido”, acrescentou.
O vídeo que instrui os apoiadores de Marçal a impulsionarem suas postagens foi publicado no site oficial do candidato e faz parte de um guia criado pela campanha para promover a candidatura de Marçal, após a Justiça suspender suas contas nas redes sociais devido a suspeitas de abuso de poder econômico. O financiamento de cortes de vídeos com recursos não contabilizados é proibido.
Na gravação, Diego Neves, chefe de marketing do Grupo Marçal, orienta os espectadores: “É bem intuitivo e simples configurar isso.” Ele solicita aos eleitores que promovam o site de Marçal e usa o termo “campanha” para descrever a estratégia ensinada.
“No vídeo, eu escolho a quantidade de dias para executar essa campanha”, diz Neves em um trecho que demonstra como planejar a duração da propaganda. “Vou fazer uma campanha de R$ 30 em cinco dias”, continua ele. O marqueteiro também explica que pessoas de outros estados podem contribuir para a campanha e como definir o público-alvo para atingir eleitores da capital paulista. “Você deve prestar atenção ao clicar no botão ‘turbinar’ para definir seu público”, afirma.
Na tarde de segunda-feira (26/8), o perfil de Marçal excluiu a postagem que continha o vídeo com o tutorial de impulsionamento. O vídeo também foi removido do site de Pablo Marçal.
fonte:metrópoles