María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, fez uma aparição pública no último sábado (17) para participar de uma manifestação contra o resultado oficial das eleições presidenciais, que declara a vitória do opositor Edmundo González Urrutia.
Machado voltou a se manifestar após duas semanas sob proteção, temendo por sua “liberdade e vida”, conforme relatado em um extenso artigo publicado no The Wall Street Journal. Apesar disso, ela continuou a se expressar por meio de entrevistas em diversos meios de comunicação e postagens nas redes sociais, incentivando os venezuelanos a persistirem na luta pela verdade sobre as eleições.
Neste sábado, em um caminhão de campanha popular, milhares de manifestantes atenderam ao chamado de Machado para manter o protesto pacífico. Ela foi acompanhada por diversos opositores, como Delsa Solórzano, Biagio Pilieri e César Pérez Vivas, entre outros.
Machado foi escoltada por uma caravana de veículos motorizados, como ocorreu durante a campanha eleitoral em apoio ao voto em González Urrutia. Esta também foi a prática durante suas duas saídas públicas após as eleições, cujo resultado oficial provocou protestos de cidadãos exigindo a divulgação da ata oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o que ainda não ocorreu.
O antichavismo afirma ter reunido, por meio de testemunhas e membros da mesa eleitoral, “83,5% das atas”, que indicam uma vitória ampla de González Urrutia sobre Maduro. Essa tese é apoiada por vários países e organizações nacionais e internacionais, incluindo o painel de peritos eleitorais da ONU e o Centro Carter, que também enviou uma missão de observação.
O protesto deste sábado se espalhou pelas principais cidades da Venezuela, onde milhares de pessoas, com bandeiras e cópias das atas eleitorais publicadas em um site da oposição, exigiam “a verdade” sobre os resultados das eleições presidenciais.
Além disso, segundo a oposição, milhares de venezuelanos se reuniram em mais de 300 locais em diversos países ao redor do mundo para apoiar a reivindicação do PUD.
fonte:epochtimesbrasil