Uma médica chinesa de 72 anos, que foi várias vezes presa, condenada e torturada por se recusar a renunciar à sua fé, faleceu poucos dias após ser libertada de sua última sentença de prisão.
Liu Dongxian, ex-médica chefe do Hospital da Cruz Vermelha no Condado de Taoyuan, província de Hunan, China, passou quase 16 anos encarcerada ao longo de sua vida. Ela foi vítima de perseguições e torturas devido à sua devoção à prática espiritual do Falun Gong.
Por conta dessa perseguição, Liu foi rebaixada de seu cargo no hospital e colocada em funções subalternas num depósito de medicamentos. Na prisão, ela enfrentou espancamentos, choques elétricos, foi mantida sem roupas no frio por longos períodos, impedida de usar o banheiro por uma semana, forçada a lamber o chão, e alimentada à força. Esses abusos, relatados pelo site Minghui.org, deixaram suas pernas e pés inchados e feridos.
O Falun Gong, também chamado de Falun Dafa, é um sistema de auto aperfeiçoamento que combina exercícios meditativos suaves com ensinamentos morais baseados em três princípios: verdade, compaixão e tolerância. Sua popularidade na China cresceu muito nos anos 1990, mas em 1999, o então líder do Partido Comunista Chinês (PCC), Jiang Zemin, lançou uma campanha de repressão à prática, que continua até os dias atuais.
Em dezembro de 2016, Liu foi presa por conscientizar as pessoas sobre a perseguição ao Falun Gong e, mais tarde, condenada a nove anos de prisão. Sua saúde começou a se deteriorar em 2024, quando desenvolveu uma condição cardíaca e apresentou pressão arterial elevada. Para evitar a responsabilidade por seu estado crítico, as autoridades a libertaram 19 meses antes do fim da pena. Ela faleceu poucos dias depois.
Antes de sua última prisão, Liu havia sido presa e encarcerada diversas vezes, incluindo um período de um ano e nove meses em um campo de trabalho forçado. Durante essas detenções, ela foi submetida a torturas brutais e mantida sob constante vigilância, além de ser ameaçada com punições contra sua família caso violasse os termos de liberdade condicional.
Apesar das inúmeras prisões, abusos físicos e pressões psicológicas, Liu permaneceu firme em sua crença no Falun Gong até o fim de sua vida.
fonte:epochtimesbrasil