Na terça-feira (24), durante seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que a organização se tornou um “Leviatã” e tomou um “caminho trágico” ao adotar a Agenda 2030. Ele expressou sua oposição ao Pacto do Futuro, firmado no último domingo.
Milei alertou sobre o incentivo a “políticas coletivistas” e as repercussões de tentar impor a Agenda 2030, que ele descreveu como “um programa de governo supranacional com uma tendência socialista”.
“Essa instituição abandonou os princípios estabelecidos em sua declaração de fundação e começou a passar por transformações. O que era para ser um escudo para proteger a humanidade se transformou em um Leviatã com múltiplos tentáculos, que busca determinar não apenas o que cada Estado-nação deve fazer, mas também como todos os cidadãos do mundo devem viver”, declarou.
Segundo Milei, a ONU impõe uma agenda ideológica aos seus membros e se tornou um “modelo de governo supranacional de burocratas internacionais que tentam ditar um modo de vida específico aos cidadãos do planeta”.
O presidente argentino criticou, por exemplo, as quarentenas sanitárias implementadas durante a pandemia de COVID-19, que, segundo ele, deveriam ser vistas como crimes contra a humanidade.
“Permitiu que ditaduras opressivas como Cuba e Venezuela fossem aceitas no Conselho de Direitos Humanos sem qualquer censura. Esta mesma instituição, que afirma defender os direitos das mulheres, aceita países que penalizam suas mulheres por se exporem”, enfatizou.
Milei também afirmou que a ONU “tem votado sistematicamente contra o Estado de Israel, o único país do Oriente Médio que defende a democracia liberal”.
Ele alegou que o Conselho de Segurança “foi corrompido, pois o veto de seus membros permanentes tem sido utilizado para proteger interesses particulares”.
“É assim que estamos hoje, com uma organização incapaz de oferecer soluções para conflitos globais significativos, como a inaceitável invasão da Rússia à Ucrânia”, acrescentou.
Milei, que assumiu a presidência em dezembro de 2023, declarou que “o que está sendo discutido esta semana em Nova Iorque na Cúpula do Futuro é apenas uma intensificação do rumo trágico que a ONU escolheu”.
“Queremos manifestar oficialmente nossa discordância com o Pacto do Futuro assinado no domingo e convidamos todas as nações livres a se unirem a nós não apenas em nossa oposição a esse pacto, mas também na construção de uma nova agenda para essa respeitável instituição, a ‘agenda da liberdade’”, sugeriu.
fonte:epochtimesbrasil