Quase um ano e dez meses após um navio colidir com a ponte Rio-Niterói, o Ministério Público Federal (MPF) está pressionando para uma negociação que encontre soluções para as embarcações abandonadas na Baía de Guanabara.
O MPF considera que a situação representa uma grave crise ambiental e de segurança. No início do ano, uma ação civil pública foi movida contra a União, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Na quarta-feira (21), o MPF anunciou que solicitou à Justiça Federal uma audiência de conciliação com todos os envolvidos.
O navio, chamado São Luiz, que se envolveu no acidente com a ponte Rio-Niterói, estava ancorado desde 2016. A colisão ocorreu em 14 de novembro de 2022, por volta das 18h, o que levou a concessionária Ecoponte a interditar completamente o tráfego. O trânsito foi parcialmente liberado cerca de três horas depois e totalmente normalizado na manhã seguinte. As avaliações de engenheiros confirmaram que os danos não foram estruturais.
Na época, a Marinha relatou que uma ventania havia rompido as correntes que seguravam a embarcação, deixando-a à deriva. Após o acidente, o navio foi resgatado por três rebocadores. A nota divulgada pelo MPF contém uma avaliação do procurador da República Jaime Mitropoulos sobre a situação atual. “Essas embarcações representam um sério risco ao meio ambiente, à segurança da navegação e à saúde pública. A audiência é crucial para a resolução eficiente do caso, promovendo um possível acordo que possa acelerar o processo e garantir a proteção dos direitos coletivos envolvidos”, afirmou Mitropoulos. Ele espera que a União e os órgãos ambientais concordem em elaborar um plano de gestão integrada, com um cronograma de ações para solucionar o problema.
fonte: agenciabrasil