Reconhecido como um dos maiores cabos eleitorais da direita no pleito municipal deste ano, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) comentou sobre a disputa em São Paulo. De acordo com as pesquisas, Guilherme Boulos (PSol) lidera, seguido pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em segundo lugar, e Pablo Marçal (PRTB) em terceiro. Nikolas revelou à coluna que realizará um tour pelo Brasil para apoiar candidatos conservadores, mas ressaltou que “não se envolverá” na eleição da capital paulista. “No estado de São Paulo, vou a Taubaté e Guaratinguetá, onde o PL está forte na disputa pelas prefeituras. Quanto à cidade de São Paulo, não planejo me envolver. Que os eleitores façam a melhor escolha neste primeiro turno”, afirmou. “No segundo turno, quem estiver enfrentando o Boulos pode contar comigo, claro, se o Boulos realmente chegar ao segundo turno”, concluiu o parlamentar.
Nikolas mencionou que teve dois contatos com Pablo Marçal, que busca atrair eleitores bolsonaristas: um em 2022, durante a eleição presidencial, e outro neste ano, quando o empresário assistiu a audiências no Congresso Nacional. “Na Câmara, a conversa foi breve. Apenas nos cumprimentamos. Ele nunca me solicitou nada [apoio eleitoral]”, disse. Nikolas é o deputado mais votado do Brasil na atual legislatura, com 1,47 milhão de votos. Sua popularidade, especialmente entre o segmento conservador, faz com que ele seja procurado por candidatos de direita.
Nos próximos dias, Nikolas percorrerá municípios de Minas Gerais, estado pelo qual foi eleito. Na semana que vem, participará de eventos ao lado de candidatos a prefeito em Manaus, Belém e Fortaleza. No dia 15/8, Nikolas participou de uma reunião com Ricardo Nunes e Tarcísio de Freitas, no Palácio dos Bandeirantes, conforme noticiado pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha. O encontro, no entanto, não resultou em uma aliança eleitoral entre o deputado e o prefeito.
Recentemente, Eduardo Bolsonaro criticou Pablo Marçal: “Meu partido (PL) não se envolve com PCC”, afirmou o parlamentar, referindo-se a uma denúncia contra dirigentes do PRTB. O ataque ocorreu após pesquisas indicarem que o crescimento de Marçal pode ameaçar a classificação de Ricardo Nunes, apoiado pelo PL, para o segundo turno.
fonte:metrópoles