Freddy Gray, editor do britânico The Spectator, publicou um artigo nesta quarta, 21, intitulado “O estranho poder de Kamala Harris”. No texto, Gray discute as surpreendentes chances de Kamala Harris de chegar à presidência dos EUA, mesmo com sua impopularidade histórica como vice-presidente.
Segundo ele, a eleição de 2024 parecia ser uma “catástrofe” para o Partido Democrata após o fraco desempenho de Joe Biden no debate presidencial de junho. No entanto, Harris conseguiu se tornar a candidata democrata sem sequer dar entrevistas ou divulgar suas políticas.
Harris se beneficia da “diminuição da atenção” no cenário político atual, permitindo que ela surja como uma “superestrela política” quase do dia para a noite. A mudança abrupta, que incluiu a retirada de Biden da corrida presidencial, foi vista como um movimento “acidentalmente genial” que possibilitou uma campanha curta e pouco escrutinada.
Gray comenta que Harris está tentando reviver a coalizão de Obama com uma mensagem de “alegria” que mistura cautela com entusiasmo progressista. Mesmo sem divulgar muitas políticas concretas, ela tem o apoio de figuras importantes como Hillary Clinton e os Obamas, o que aumenta seu apelo.
Hillary Clinton chegou a dizer que Harris poderia “romper o teto de vidro patriarcal” e se tornar a primeira presidente mulher dos EUA, algo que Gray observa como mais uma aposta em “fazer história” do que em propostas políticas.
Porém, Gray alerta que a popularidade de Harris não garante uma vitória fácil, destacando que ela ainda enfrenta dificuldades nos estados decisivos. A campanha também aposta na falta de clareza como uma estratégia, algo que complica os ataques de Donald Trump, que luta para encontrar uma narrativa eficaz contra ela.
Quem é Freddy Gray
Freddy Gray é um editor britânico do The Spectator, conhecido por suas análises políticas e sociais. É autor de diversas colunas sobre a política dos EUA e do Reino Unido, sendo uma voz influente na interpretação dos acontecimentos contemporâneos.
Fonte: oantagonista