Alexandre e sua mãe, voltando de um passeio no Bixiga, na região central da cidade, chamaram um carro por volta das 3h11. Após conferirem a placa, iniciaram a corrida, mas logo perceberam que o motorista estava seguindo na direção oposta à sua casa, passando pelo túnel próximo à Avenida Paulista, ao invés de seguir para Jabaquara, onde moram.
Ao notar que o aplicativo Waze indicava um caminho diferente do esperado, Alexandre viu que a corrida tinha sido cancelada sem seu conhecimento. O motorista ficou nervoso e tentou justificar que estavam no “Uber errado”, prometendo retornar ao ponto de partida inicial da corrida. No entanto, continuou na direção oposta mesmo após ser alertado pelos passageiros.
O motorista, que não correspondia à foto no aplicativo, começou a agir de maneira suspeita, encarando-os frequentemente pelo retrovisor. Finalmente, ao parar em um sinal, Alexandre e sua mãe viram uma farmácia e exigiram que o carro parasse. Apesar das tentativas do motorista de desconversar, eles insistiram e conseguiram sair do veículo. Posteriormente, chamaram outro carro pelo Uber e chegaram em casa em segurança.
O relato de Alexandre destacou a gravidade da situação, ressaltando que o motorista não era o mesmo da foto do perfil no aplicativo, embora tenha usado o mesmo nome. Ele mencionou que o segundo motorista do Uber, ao ouvir a história, alertou sobre relatos semelhantes de sequestros e roubos recentes, enfatizando a sorte de terem escapado ilesos.




A Uber emitiu uma nota afirmando que Alexandre entrou na corrida errada e reforçou o uso de suas ferramentas de segurança para garantir a integridade dos usuários.
A Uber foi procurada para comentar sobre o incidente envolvendo o produtor cultural Alexandre Nunes e sua experiência com um suposto Uber em São Paulo. A empresa declarou que avaliou toda a cronologia do caso e, segundo os dados fornecidos, tudo indica que o usuário não entrou na viagem correta. O motorista parceiro solicitado pela plataforma cancelou a viagem, pois não encontrou o usuário no local informado. A Uber reiterou estar à disposição das autoridades para colaborar com as investigações conforme a lei vigente.
Além disso, a empresa destacou a utilização do U-Código, uma senha de quatro dígitos criada pelo aplicativo para cada viagem. Essa senha deve ser compartilhada verbalmente pelo usuário ao motorista parceiro no início da corrida, garantindo que ambos estejam na viagem correta. A Uber também mencionou o recurso Preferências de Segurança, que pode ativar automaticamente o U-Código em todas as viagens, especialmente próximas a bares, restaurantes ou durante o período noturno, como foi o caso relatado por Alexandre.
fonte:metrópoles