O Conselho de Segurança da ONU rejeitou o pedido do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para retirar as forças de paz da UNIFIL do sul do Líbano. Netanyahu havia acusado a missão de servir como “escudo humano” para o Hezbollah, mas o órgão internacional reiterou que as tropas de paz continuarão em suas posições. O conselho também instou ambas as partes a respeitarem a neutralidade da UNIFIL.
Em um comunicado emitido na segunda-feira, o Conselho de Segurança expressou “profunda preocupação” com o aumento das baixas civis, a destruição de infraestruturas e o crescente número de desabrigados no Líbano. O chefe das forças de paz da ONU, Jean-Marie Lacroix, confirmou que as tropas da UNIFIL permanecerão em suas posições, apesar das solicitações israelenses para que se retirassem cinco quilômetros ao norte.
As tensões aumentaram desde que tropas israelenses entraram no sul do Líbano no início de outubro, em uma tentativa de expulsar os combatentes do Hezbollah, após o grupo lançar foguetes contra Israel. Netanyahu criticou a atuação da UNIFIL e sugeriu que sua presença expunha os soldados da ONU a riscos desnecessários.
O Conselho de Segurança, no entanto, evitou mencionar diretamente Israel ou o Hezbollah, pedindo respeito à segurança do pessoal da ONU e ressaltando a importância da implementação completa da Resolução 1701, que pôs fim ao conflito entre Israel e o Hezbollah em 2006. A resolução prevê o desarmamento do Hezbollah e o deslocamento do exército libanês para o sul do país, medidas que ainda não foram cumpridas.
Apesar da divisão dentro do conselho em relação ao conflito desde outubro de 2023, todos os membros concordaram sobre a importância da missão no Líbano. A ONU estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas tenham sido deslocadas internamente no país, enquanto o número de mortos no último mês é de aproximadamente 1.400 pessoas, segundo autoridades libanesas.
fonte:epochtimesbrasil