De acordo com o Ibope, a atração apresentada por Pedro Bial alcançou apenas 2,9 pontos na Grande São Paulo, o que representa a pior marca desde sua estreia em maio de 2017. No episódio, Pedro Bial recebeu o autor israelense Yuval Noah Harari para discutir o lançamento de seu livro Nexus – Uma Breve História das Redes de Informação – da Idade da Pedra à Inteligência Artificial. Anteriormente, o pior desempenho do programa havia sido registrado em 28 de maio de 2024, com 3,4 pontos na conversa com a cantora Tetê Espíndola.
Globo e Outras Emissoras Enfrentam Queda de Audiência ao Longo dos Últimos Anos
Há duas décadas, assistir à televisão em casa era um ritual quase obrigatório para as famílias brasileiras. No entanto, com a popularização dos serviços de streaming e o acesso online a notícias e entretenimento, a TV tem perdido espaço, e as emissoras têm registrado índices cada vez mais baixos, especialmente após a pandemia de Covid-19. Dados do Kantar Ibope mostram que, em junho de 2020, a TV Globo alcançou 12,33 pontos — uma queda de 14,48% em comparação ao mesmo período deste ano, quando a audiência foi de 10,77 pontos. Outras emissoras também enfrentaram declínios significativos: o SBT passou de 4,35 pontos em 2020 para 2,43 pontos em 2024; a Record TV caiu de 4,35 para 3,34 pontos; e a Band, de 1,30 para 0,84 pontos, um índice que já pode ser considerado “traço” — um termo usado para descrever audiências extremamente baixas.
A Rede TV, que já tinha índices baixos em 2020 com 0,55 pontos, viu sua audiência despencar para 0,24 pontos, uma redução superior a 50%. Dados recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) indicam que quase metade dos assinantes de TV por assinatura abandonou o serviço nos últimos 10 anos. Desde seu auge em 2014, com 19,6 milhões de assinantes, o número de clientes caiu para 9,5 milhões, uma redução de quase 50%.
Os números mais recentes, registrados em fevereiro de 2024, mostram que o número de assinantes é o mais baixo dos últimos 14 anos, próximo ao menor índice de 2010, quando havia 9,6 milhões de assinantes. Em contraste, o consumo de vídeos sob demanda tem crescido significativamente, representando 30,7% do mercado brasileiro, superando a TV por assinatura, que representa apenas 8,1% do mercado. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 revelam que cerca de 43,4% (ou 31,1 milhões) dos lares brasileiros possuem pelo menos um serviço de streaming por assinatura.
fonte:metrópoles