O governo polaco está a acelerar os esforços para reforçar a defesa das fronteiras orientais da Polónia com a Rússia e a Bielorrússia. O primeiro-ministro Donald Tusk disse na segunda-feira que a construção do chamado projeto “Escudo Oriental” começará no final deste ano e não no próximo, como previsto.
O projeto incluirá a construção de fortificações militares e outras medidas de defesa, barreiras físicas, sistemas de monitorização do espaço aéreo de última geração e equipamentos e sistemas eletrónicos.
Os primeiros exercícios de teste dos elementos para a construção do Escudo Oriental começaram no campo de treino militar em Orzysz, no nordeste da Polónia. As fortificações deverão ser feitas numa extensão de aproximadamente 800 quilómetros, onde quer que sejam necessárias. Prevê-se que a sua construção dure quatro anos.
Tusk esteve no local para observar os exercícios, juntamente com o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa do país, Wladysław Kosiniak-Kamysz.
A Polónia é acompanhada por vários outros membros da NATO que lançaram iniciativas para reforçar as fronteiras com a Rússia. Os Estados bálticos da Lituânia, Estónia e Letónia começaram recentemente a construir a chamada Linha de Defesa do Báltico e Tusk também referiu que a Finlândia está envolvida no projeto.
“Trata-se de um empreendimento conjunto, não só polaco, mas também combinado com os esforços dos Estados bálticos no que se refere à Linha de Defesa do Báltico”, afirmou Tusk, referindo que o cofinanciamento será discutido em Bruxelas num futuro próximo.
O primeiro-ministro polaco escreveu ainda, numa publicação no X, que é “nosso direito e nosso dever proteger a fronteira polaca e europeia”, acrescentando que “a sua segurança não será objeto de negociação”.
“Estou satisfeito por já se ter tornado um facto que os britânicos também estão a cooperar connosco no Escudo Oriental e os americanos estão prontos”, acrescentou Tusk.
“Haverá fundos europeus para tudo isto, não apenas nacionais. Falarei sobre isso em Bruxelas nos próximos dias e semanas”, anunciou.
Fonte: euronews