O prefeito de Aurora, Colorado, Mike Coffman, declarou em 8 de outubro que as alegações sobre a cidade ter sido invadida por gangues venezuelanas são “grosseiramente exageradas” e que a localidade é “consideravelmente segura”. Sua declaração ocorreu poucos dias antes da visita do ex-presidente Donald Trump, que está programada para 11 de outubro, onde realizará um comício no Gaylord Rockies Resort and Convention Center, conforme anunciado por sua campanha.
“A visita do ex-presidente Trump a Aurora é uma oportunidade de demonstrar a ele e à nação que nossa cidade é segura — não uma área dominada por gangues venezuelanas”, afirmou Coffman. Ele reiterou sua disposição de mostrar a comunidade ao ex-presidente e de se reunir com o chefe de polícia local para um briefing.
A campanha de Trump, ao anunciar a visita, classificou Aurora como uma “zona de guerra” devido ao “influxo de membros violentos de gangues prisionais venezuelanas do Tren de Aragua”. Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, esse grupo se envolve em atividades criminosas, como contrabando, tráfico humano, lavagem de dinheiro e comércio de drogas.
A campanha também mencionou que cerca de 43.000 migrantes chegaram à cidade vizinha de Denver desde dezembro de 2022, e muitos se deslocaram para Aurora, “trazendo o caos e o medo”. Além disso, afirmaram que as famílias locais foram forçadas a deixar suas casas devido ao comportamento intimidante dos membros do Tren de Aragua, que estariam aterrorizando complexos de apartamentos com armas e atividades ilícitas.
Em um debate presidencial realizado em 10 de setembro, Trump fez referência às supostas invasões de edifícios em Aurora por essas gangues, afirmando: “Eles estão dominando as cidades. Estão invadindo os prédios. Estão destruindo nosso país.”
Em resposta, Coffman comentou que os incidentes foram limitados a alguns complexos de apartamentos em uma cidade com mais de 400.000 habitantes, citando três edifícios específicos afetados pelas gangues. Ele não especificou as organizações criminosas, mas mencionou que eram de origem venezuelana. O prefeito informou que uma força-tarefa com autoridades locais, estaduais e federais foi criada para enfrentar a “intimidação” dos proprietários dos apartamentos e investigações foram iniciadas sobre a alta concentração de venezuelanos nessas propriedades.
Coffman também criticou a atuação do governo federal na fronteira, destacando a dificuldade de verificar os históricos criminais dos venezuelanos, já que o país não os compartilha com os EUA.
Em setembro, o prefeito e Danielle Jurinsky, membro do Conselho Municipal, publicaram uma declaração conjunta para esclarecer que o Tren de Aragua não havia “dominado” a cidade, afirmando que a presença do grupo era restrita a propriedades específicas, que já estavam sendo tratadas há meses.
A campanha de Trump ainda não havia respondido ao pedido de comentário até o fechamento desta matéria.
fonte:epochtimesbrasil