Na última segunda-feira, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista do Vietnã (PCV) assinaram um protocolo de cooperação política na sede do PT em Brasília. O acordo estabelece princípios de “igualdade, independência, respeito mútuo e não interferência em assuntos internos” entre as duas legendas.
O secretário do Comitê Central e presidente da Comissão para Informação e Educação do PCV, Nguyen Trong Nghia, participou da cerimônia e expressou que a delegação vietnamita estava “animada” e “honrada” com a primeira visita oficial ao Brasil. “É um momento de alegria”, afirmou Nghia.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, esteve presente e destacou a importância do intercâmbio político com o PCV para seu partido. Gleisi elogiou a “luta histórica” do Vietnã contra o que ela descreve como “imperialismo, colonialismo e liberalismo” e mencionou a formação de uma “frente democrática e progressista” contra o que considera “fascismo”, uma referência às eleições municipais de outubro no Brasil. “O governo do presidente Lula é uma oportunidade para estreitar nossos laços na luta contra o liberalismo”, declarou a deputada.
Além de Gleisi e Nghia, participaram da reunião outros membros do PT, incluindo Henrique Fontana, secretário-geral do partido; Saulo Dias, secretário de Desenvolvimento e Meio Ambiente; Joaquim Soriano, secretário de Assuntos Institucionais; Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo; e Valter Pomar, diretor da Fundação Perseu Abramo.
Homenagem Controversa a Ho Chi Minh
O secretário de Relações Internacionais do PT, Romênio Pereira, também esteve presente e prestou homenagem a Ho Chi Minh (1890-1969), fundador do Partido Comunista da Indochina, que mais tarde se tornou o PCV. Pereira exaltou a memória de Ho Chi Minh como “revolucionário comunista” e “estadista”.
Ho Chi Minh liderou a Revolução de Agosto em 1945, lutou contra o colonialismo francês e japonês no Vietnã, e estabeleceu uma ditadura comunista após as guerras da Indochina e do Vietnã. Ele também auxiliou o ditador e genocida Pol Pot no Camboja. A ditadura comunista resultou em graves violações dos direitos humanos, com torturas e recrutamento obrigatório para trabalho forçado, e a comunização do Vietnã levou a uma crise humanitária severa.
Estatísticas de Violência
Rudolph Joseph Rummel, professor emérito da Universidade do Havaí e especialista em violência política, calculou que cerca de 3,8 milhões de vietnamitas morreram devido a violência política durante o período comunista, com aproximadamente 1,25 milhão sendo assassinados diretamente pelo regime. Comparado aos civis mortos pelos EUA na Guerra do Vietnã, que variam entre 4 e 10 mil, a repressão comunista no Vietnã resultou em um número significativamente maior de mortes, conforme os dados de Rummel.
fonte:epochtimesbrasil